O ex-governador Ricardo Coutinho respondeu as declarações que o ex-deputado Eduardo Cunha deu em seu livro “Tchau, querida – o diário do impeachment”, alegando que havia apressado o impeachment da presidenta Dilma Rousseff após uma visita na Paraíba. Nas declarações, Cunha afirma que um dos episódios que aumentaram sua insatisfação com Dilma e precipitaram o rompimento total com o governo foi quando, em viagem à Paraíba durante o programa ‘Câmara Itinerante’, foi recebido por protestos de manifestantes de esquerda. Segundo ele, o episódio foi organizado pelo então governador Ricardo Coutinho.
“No dia 10, em João Pessoa, sofri uma forte contestação orquestrada pelo PT e pelo governador Ricardo Coutinho, do PSB. Puseram manifestantes dentro da Assembleia e impediram a Polícia Militar de dar segurança ao evento, deixando vulnerável toda a delegação da Câmara. Ataquei fortemente o PT e o governador, sendo que a vice-governadora, que estava presente, ficou sem ter condições de segurança e foi desrespeitada pelo seu próprio governo”, conta Eduardo Cunha.
Na noite de ontem (19), Ricardo respondeu: “Queriam ampliar o palanque de propagação do golpe. Só que aqui na Paraíba e comigo no governo, nem pensar”. O ex-governador ressaltou que a Paraíba tinha um governo que respeitava a democracia e não apoiava o golpe e desmentiu a afirmação que Cunha havia apressado “o Impeachment de Dilma após ser hostilizado na Assembleia da Paraíba a meu mando”.
“A Paraíba foi a porta de entrada da resistência democrática ao golpe de 2016, no Nordeste. Tinha um governador e um governo que tinham um lado: o lado da democracia, o lado dos interesses verdadeiros e não-manipulados do povo, o lado contra o golpe. Faço questão de desmentir a falsa informação veiculada pelo ex-deputado Eduardo Cunha no seu livro, no qual disse que “apressou o Impeachment de Dilma após ser hostilizado na Assembleia da Paraíba a meu mando” e ainda reclamou por eu não ter colocado a Polícia Militar dentro da Assembleia para protegê-lo”.
Ricardo declarou que jamais colocaria a Polícia Militar dentro da Assembleia Legislativa para impedir um protesto democrático:
“Reafirmo que não se coloca PM dentro de um outro Poder sem que seja oficialmente pedido. Não foi pedido e se tivesse sido, eu não atenderia pois não havia risco algum e eu não ia tratar protestos democráticos com repressão. Esse Eduardo Cunha fez muito mal ao Brasil. Das duas ou três vezes que ele veio à Paraíba, não o recebi. Comigo, não. Jamais ficaria de joelhos frente aos traidores da democracia no Brasil!”.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba