Não foi surpresa para o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores a manutenção da condenação do ex-presidente Lula da Silva, no processo do sítio de Atibaia, julgado nesta quarta-feira (27) pelo Tribunal Regional Federal da quarta região (TRF4). O petista teve a pena ampliada para 17 anos, um mês e dez dias de prisão. O partido acusou os juízes de segunda instância de fazerem parte ‘do processo’ que condenou Lula.
Em entrevista ao Polêmica Paraíba, o presidente do PT estadual, Jackson Macedo, informou que ‘a esperança’ da legenda está no Supremo Tribunal Federal. “Não tem nenhuma novidade nisso. O TR4 também faz parte do processo do jogo de condenação do presidente Lula. A Intercept divulgou o envolvimento do relator do processo [Gebran Neto], e a gente sabe que ele estava envolvido nessas questões. Nossa expectativa maior é no julgamento da suspeição [de Moro] lá no STF. A segunda turma tem que se manifestar urgentemente sobre isso”, disse.
O julgamento
No julgamento de hoje, o TRF4 se debruçou sobre pedidos de anulação do julgamento de Lula depois que o STF decidiu que os delatados devem ser ouvidos após os delatores. No processo de Lula, todos os réus tiveram o mesmo prazo para se manifestar no processo.
O primeiro voto foi do relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, que aumentou a pena para 17 anos, um mês e 10 dias. Os desembargadores Leandro Paulsen e Eduardo Thompson Flores Luz seguiram integralmente o voto. O ex-presidente havia sido condenado em 1ª instância, em fevereiro de 2019, a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Apesar de ter mantida a condenação em segunda instância, Lula não deverá voltar para a cadeia enquanto todos os recursos não tiverem sido julgados em âmbito judicial, conforme determinação recente da maioria do STF.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba