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Sindicalistas discutem principais mudanças que podem ser causadas pela Reforma Trabalhista

Foram discutidos os principais impactos que podem ser causados pela reforma trabalhistas. João Ramalho posicionou-se contra a reforma, argumentando que o projeto de lei trará prejuízos à saúde do trabalhador e beneficiará os empregadores na economia dos custos de produção. Além disso, "a reforma trabalhista enfraquece a representação do trabalhador".

Uma das reformas que está sendo muito discutida nos últimos dias, é a que trata da terceirização e as leis trabalhistas. Estiverem presentes no debate do programa Master News, na TV Master, os sindicalistas Humberto Bezerra (Seha-JP), João Ramalho (Sinjep-PB), Rogério Braz (Sinecom) e Daniel de Assis (Sintem).

Foram discutidos os principais impactos que podem ser causados pela reforma trabalhistas. João Ramalho posicionou-se contra a reforma, argumentando que o projeto de lei trará prejuízos à saúde do trabalhador e beneficiará os empregadores na economia dos custos de produção. Além disso, “a reforma trabalhista enfraquece a representação do trabalhador”.

Já para Humberto Bezerra, sobre a jornada de trabalho, “ambas as partes sairão ganhando. A possibilidade de jornada 12 por 36 vai garantir flexibilidade na vida do trabalhador. E permanece as 220 horas mensais”.

Daniel de Assis tem o mesmo posicionamento de João Ramalho. “A CLT garante o pagamento das horas extras caso passem das oito horas. E na reforma, não haverá esse pagamento”. A reforma trabalhista “é abrir pro capital, com mais lucros. E nenhuma das mudanças traz benefícios ao trabalhador”.

Para Rogério Dantas “a reforma só retira as conquistas alcançadas com sangue, pelo trabalhador”. E sobre as horas extras, acrescenta que “as estatísticas mostram que os acidentes de trabalho acontecem no momento de horas extras. Dessa forma, fica em aberto para o empregador usar a seu bel prazer”.

Sobre as manifestações marcadas para esta sexta (28), Daniel de Assis acredita que a pressão popular nas ruas fará o Congresso recuar. “Os trabalhadores e a população está se mobilizando contra estas reformas. Vamos parar o brasil para impedir que sejam tirados os direitos conquistados com trabalho árduo”. Já Humberto diz que “esse projeto tem a possibilidade jurídica de mínimos ajustes. Mas no cenário politico, a manifestação tem sua legitimidade. Acredito que no cenário de crise, o projeto passará sim”.

João Ramalho destaca a importância da mobilização da sociedade e o movimento de ir às ruas para fazer sua voz ser ouvida e exigir seus direitos. “o povo brasileiro tem que tomar as rédias e construir um estado democrático”.

“A manifestação não pode parar. Os trabalhadores devem se unir e ir as ruas. E o senado deve ouvir a voz do povo nas ruas”, diz Rogério Dantas.

Foi discutida o posicionamento do presidente Temer diante de tantas mudanças que o país está sofrendo neste momento. “Eu acho que temer está cumprindo seu papel. Ele é mandando pra fazer isso. Tirar os direitos dos trabalhadores. Nem na ditadura militar, se fez tanto contra o trabalhador com está se fazendo agora”, diz Rogério.

“A culpa não é do governo passado. A culpa é de quem está ai. Quem representa a classe dominante ta sendo pago pra isso. Pra fazer reformas”, diz Daniel. “Pergunte ao trabalhador se ele quer a reforma trabalhista. Então na verdade o que está acontecendo agora é que a classe dominante está sendo pago pra gerar lucro pros banqueiros, os empresários”, acrescenta.

Humberto Bezerra completa dizendo que “o protesto pode ser realizado, mas sem impedir o exercício das atividades das empresas e comércios. Restaurante, hotéis e similares funcionarão normalmente”.

 

Fonte: A Redação
Créditos: Estagiária Érika Soares