evita decidir a reboque de Ricardo

SENADOR LIRA ESCOLHEU UM LADO: Ele quer unidade das oposições em torno de uma chapa única e ser candidato a reeleicão - Por Lena Guimarães

O líder do MDB no Senado Federal, Raimundo Lira saiu de encontro com o prefeito Luciano Cartaxo e com o vice, Manoel Junior, declarando que defende a unidade das oposições em torno de uma chapa única, e mais, que quer ser candidato à reeleição pelo bloco.


A ESCOLHA DE LIRA

O líder do MDB no Senado Federal, Raimundo Lira saiu de encontro com o prefeito Luciano Cartaxo e com o vice, Manoel Junior, declarando que defende a unidade das oposições em torno de uma chapa única, e mais, que quer ser candidato à reeleição pelo bloco.

Ainda que Lira não fosse líder da maior bancada no Senado, sua declaração teria peso por se tratar de político oriundo do meio empresarial, de êxito inquestionável, estando, portanto, acostumado a tomar decisões com base em fundamentos sólidos e não em achismo.

Significa que Lira, cujo mandato estará em questão nesta eleição, já tem informações suficientes para tomar uma decisão que pode garantir seu sucesso nas urnas.

Tem relevância também porque vinha transitando livremente nas hostes governistas, defendendo pleitos do governo de Ricardo Coutinho em Brasília, tendo atuado inclusive para liberar recursos para obras e empréstimos emperrados há anos.

Por enquanto, a posição de Lira não confronta a do senador José Maranhão, pré-candidato a governador. Embora o gesto de visitar Luciano seja significativo, o senador declarou apoio à tese da unidade, o que significa a escolha de um lado, mas ainda não de um nome.

Como é estratégico, dá um passo de cada vez. O próximo com certeza envolverá Maranhão, que embora reafirme sua candidatura, não descarta sentar na mesa da oposição. E como tem mandato de senador até 31 de janeiro de 2023, não está obrigado a concorrer neste 2018.

Qualquer que seja a decisão do MDB, com certeza considerará ainda os interesses dos que vão disputar mandatos na Assembleia e Câmara Federal, bem como as novas regras para campanhas, o humor do eleitorado e especialmente o cenário paraibano.

Faltam apenas 70 dias para o fim do prazo de desincompatibilização dos gestores que serão candidatos, para sabermos, por exemplo, se o governador Ricardo Coutinho renunciará para disputar vaga no Senado, compondo chapa com João Azevedo.

Com o movimento que fez, Lira evita decidir a reboque de Ricardo, que tudo indica, será seu adversário.

Fonte: http://correiodaparaiba.com.br/colunas/a-escolha-de-lira/
Créditos: Lena Guimarães