Com os trabalhos planejados para começar no próximo dia 27, as articulações para os principais cargos da CPI da Pandemia seguem a todo vapor. Omar Aziz (PSD-AM) tem vantagem na disputa pela presidência à frente de Eduardo Girão (Podemos-CE). Já na relatoria, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve mesmo assumir o posto. A afirmação é do senador, Otto Alencar (PSD-BA), também integrante da comissão.
“Os nomes para presidente e vice são imutáveis, com Aziz e Randolfe Rodrigues, porque há acordo garantindo pelo menos sete votos a eles. Isso significa que Renan Calheiros será o relator. O Renan é líder da maioria no Senado, pouca gente presta atenção nisso. Ele tem mais do que legitimidade para relatar essa CPI”, disse Alencar ao jornal O Globo.
A CPI da Pandemia, que vai investigar ações e eventuais omissões do governo federal em meio à crise sanitária e fiscalizar recursos da União repassados a estados e municípios, começa no próximo dia 27 de abril e será realizada de forma semipresencial, com a possibilidade de participação dos senadores tanto pessoalmente, quanto virtualmente.
Ontem, em entrevista ao UOL, o senador Omar Aziz (PSD) confirmou que indicará Renan “sem dúvida” para a relatoria da CPI. Na semana passada, o Planalto agiu para que Renan Calheiros não fosse indicado para a relatoria. Além de ser crítico do governo de Bolsonaro, ele apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Aziz argumentou que, se quisesse barrar a indicação, o governo federal deveria ter conversado com o MDB.
“Se o governo tinha interesse, teria que procurar o líder do MDB e indicar alguém ligado a eles. Não houve essa conversa. O MDB indicou Eduardo (Braga) e Renan. Por que Bezerra Coelho, que é ligado ao governo, não está na CPI? Não é o Omar Aziz que indicou o Renan. Tinha 16 nomes. Foram indicados Eduardo e Renan. Lá no MDB tem quem faz parte da base do governo e quem faz oposição. Eu faço oposição pontualmente. A maioria das propostas que o governo encaminhou eu votei a favor. Essa CPI não tem dono. Ninguém é maioria lá”, afirmou Aziz.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba