Os servidores do BC (Banco Central) seguirão em greve por tempo indeterminado, após uma reunião com o governo terminar sem que houvesse uma proposta oficial, informou hoje o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central). Eles reivindicam reestruturação de carreira e recomposição salarial de 26,3%.
Representantes do sindicato disseram que se reuniram na manhã de hoje com Leonardo Sultani, titular da Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia. “Como não houve proposta oficial, a nossa resposta vai ser a manutenção e a intensificação da greve”, diz nota divulgada pelo Sinal.
Segundo Fábio Faiad, presidente do sindicato, a intensificação deverá atingir a equipe que dá apoio à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). “Vamos atuar agora em cima das equipes que fazem coleta e análise de dados para subsidiar a reunião do Copom”. A próxima reunião está prevista para a segunda quinzena de abril.
Conforme o sindicato, a expectativa de adesão da greve está em torno de 60%, e a greve poderá afetar o Pix, além da distribuição de moedas e cédulas.
Na semana passada, o BC informou que, em razão da greve dos servidores da autarquia, não divulgaria o relatório Focus, com projeções do mercado para indicadores econômicos, como rotineiramente acontece.
Até o momento, 725 dos servidores que têm função comissionada entregaram os cargos, diz ainda o sindicato. As exonerações, entretanto, ainda não foram publicadas no DOU (Diário Oficial da União), segundo o sindicato, porque a diretoria do BC tentar “segurar” o movimento.
Em 17 de março, a categoria começou a fazer paralisações de quatro horas e iniciou a greve por tempo indeterminado na última sexta-feira (1º).
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba