Em inauguração de hospital em Barretos (interior de São Paulo), com ala que leva o seu nome, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta quinta-feira (3) que, se a história não reconhecer o seu governo, a homenagem na instituição terá cumprido a função.
O presidente participou nesta quinta de solenidade de inauguração do Hospital de Amor Notre Dame na cidade paulista. Uma ala da instituição chama-se “Centro de Diagnóstico por Imagem Presidente Michel Temer”. A nova unidade médica pertence ao grupo que rege a rede Hospital de Amor, entre outras unidades médicas, comandada por Henrique Prata.
“De vez em quando me dizem: a história vai reconhecer seu governo. Eu hoje saio daqui dizendo o seguinte: se a história não reconhecer meu governo, Barretos reconheceu por meio do Henrique Prata [por ter nomeado uma ala do hospital com o nome de Temer], a minha história. Não tenho dúvida disso”, disse o presidente.
Antes da declaração, Temer desvelou a placa e leu o conteúdo escrito. “Um homem de coração generoso que se sensibilizou com o sofrimento dos pacientes com câncer e resolveu interpor sua autoridade em favor da expansão da instituição em vários estados do país com uma medicina honesta e de excelência”, dizia trecho da placa. Ele também conheceu as instalações do hospital.
Ainda em Barretos, foi à Santa Casa de Misericórdia da cidade e ao Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica, do Hospital de Câncer de Barretos Ambos também são administrados pelo grupo do Hospital Notre Dame.
Mais cedo, o presidente visitou a feira agropecuária Agrishow em Ribeirão Preto, também em São Paulo. Questionado sobre o depoimento de sua filha Maristela à Polícia Federal nesta quinta, desconversou e disse somente “registre o meu sorriso”.
No discurso em Barretos, Temer fez uma defesa de seu governo e ressaltou índices econômicos, como a queda da inflação. Em determinado momento, confundiu o cargo de Gilberto Occhi ao dizer que pediria estudo sobre a redução de juros para uma linha de financiamento. Agora ministro da Saúde, antes era presidente da Caixa Econômica Federal.
Segundo Temer, que se diz pré-candidato à reeleição à Presidência, deputados aliados o pedem para “viajar um pouco” e sair de seu gabinete no Planalto porque são nessas ocasiões em que se revitalizam e “a alma cresce”.
Na avaliação dele, o Brasil precisa de mais otimismo e é melhor percebido pelos estrangeiros do que pela própria população. O presidente disse que, quanto mais for solicitado para a saúde, mais o governo pretende fazer.
“Aliás, qualquer dia vou trazer minha família para verificar [a ala com seu nome e o hospital]. Estou orgulhosíssimo. Eu às vezes digo que não gosto de retrato na parede porque parece que eu já morri. Então eu não gosto. Mas o nome escrito aí, esse eu tenho orgulho”, ressaltou.
Fonte: Uol
Créditos: Uol