Cotado como possível candidato do DEM à Presidência da República, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), afirmou há pouco que a “avenida está aberta” para todos os políticos que pretendem concorrer ao Palácio do Planalto, inclusive para ele. A declaração foi dada a jornalistas após participar do encerramento de evento do banco BTG Pactual com empresários e investidores, na capital paulista.
“Eu acho que a avenida está aberta para qualquer candidato, com as qualidades que o ministro Henrique Meirelles tem, com as qualidades que o governador Geraldo Alckmin tem, bônus e ônus. Eu também tenho os meus. Cada um vai trabalhar essas questões se quiser se viabilizar como candidato no futuro”, disse o parlamentar, que contou aos jornalistas que falou, aos participantes do evento, sobre as qualidades e defeitos de cada um dos possíveis candidatos.
Em outro momento, quando se referia à rejeição do eleitor a Alckmin, Maia admitiu que também tem encomendado pesquisas de intenção de voto, de olho na eleição presidencial. “O PSDB aumenta a rejeição dele, mas ele saberá trabalhar isso até a eleição porque está fazendo pesquisa, como eu”, afirmou.
Em relação a Meirelles, Maia afirmou que o ministro da Fazenda também terá como obstáculo a rejeição sofrida pelo governo federal. “O governo tem rejeição e ele é ministro do governo”, explicou. Ao final, o democrata afirmou que “qualquer brasileiro pode, através da política, mudar o Brasil”.
Maia descartou ser candidato a vice-presidente durante evento do BTG Pactual. “Vice eu já sou, não é?”, brincou Maia, em referência ao fato de ser o próximo na linha sucessória do Planalto.
Maia afirmou em sua apresentação que a estrutura de financiamento da corrida eleitoral deste ano não deve favorecer um candidato ‘outsider’, de um partido menor. Pelas regras eleitorais, as empresas não podem mais financiar campanhas.
O presidente da Câmara falou por cerca de 80 minutos e foi aplaudido ao falar da necessidade de dar segurança jurídica nos contratos para os investidores e também ao defender uma economia não intervencionista. Segundo os participantes, Maia estava descontraído e ainda falou da recuperação da economia e da necessidade da reforma da Previdência.
Fonte: Estadão
Créditos: André Ítalo Rocha e Altamiro Silva Júnior