O ex-deputado federal Roberto Jefferon, presidente do PTB, afirmou em entrevista ao Estadão que “a direita vai para a rua” e anteviu conflitos armados caso o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decida iniciar tramitação de processo de impeachment contra Jair Bolsonaro.
“É uma dedução minha. Deputados estão me falando que o Rodrigo vai acelerar o projeto de reeleição [para os comandos da Câmara e do Senado, proibido na mesma legislatura]. E as atitudes do Rodrigo mostram o confronto aberto com o Executivo”, afirmou.
Ele reforçou a tese de que Maia está reunido com a esquerda, governadores e com o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. Para ele, quem comanda o “golpe” é Fernando Henrique Cardoso.
“Se o Congresso fizer isso [impeachment], nós temos que ir para as ruas e apostar em qualquer jogo. E os militares vão ser chamados a agir. Se essa turma do vermelho achar que vai mudar o jogo peitando, fazendo um golpe legislativo para tirar um governo legal, vai encontrar resistência forte, à altura da agressão. E vai acabar tendo de ter uma intervenção até para estabilizar o que está ocorrendo por parte das Forças Armadas”, declarou.
Roberto Jefferson, disse que há uma tentativa do Congresso de promover novo impeachment no País e previu uma reação à altura. “Para derrubar Bolsonaro, só se for a bala”, afirmou ele, ao citar a possibilidade de um confronto de “sangue” entre direita e esquerda. “Vai acabar tendo de ter uma intervenção até para estabilizar”, emendou, em uma referência às Forças Armadas. A análise reverbera o que pensa a ala ideológica que cerca o presidente.
Ele negou uma intervenção militar e fala em “intervenção nas ruas”. “Aí eu não sei como vai ser. Se a esquerda fizer qualquer ação para tirar o Bolsonaro, vai encontrar a direita na rua. Vai ter sangue”, completou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba