Nessa terça (02) o governador Ricardo Coutinho esteve na Rádio Verdade e comentou questões polêmicas sobre sua gestão, a disputa com o prefeito da capital Luciano Cartaxo (PSD) e sua relação com o “chapão”.
Chapão e os bloquetes
Ricardo Coutinho é conhecido pelo discurso sincero. Criticou o “chapão” composto pelos seus opositores para as eleições municipais. E mandou uma mensagem quase oculta referente às reformas das calçadinhas em João Pessoa: “Atualmente não importa como os bloquetes são colocados, mas onde são comprados”. Para os menos entendidos a declaração pode ter passado desapercebida, mas alfinetada tem endereço certo. Os “bloquetes” são usados na composição das calçadas e são comprados a uma empresa da Família Cunha Lima, a InterBlocks.
Ricardo aponta o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) como o grande articulador do chapão e que o fato de ele permanecer nas sombras é a grande rejeição que traria consigo. Ricardo garante que a população pessoense não receberia de bom grado uma composição com o senador.
Desafio
O governador lançou um desafio para seus opositores. O deputado federal Manoel Júnior disse em vários momentos ter ficado traumatizado quando foi vice do governador, mas que preferia não comentar. Ricardo relembrou o fato e disse que o desafiava a contar de fato o que o havia “traumatizado” e afirmou categoricamente: “Ninguém me chantageia”.
Segurança Pública
Principal alvo de seus oposicionistas, a segurança no estado é sempre apontada como ineficiente e qualquer novo caso é colocado na “conta do governador”. Ricardo Coutinho explana o que tem sido feito pela segurança dos paraibanos. “É incrível como as coisas mudam depois que você coloca uma UPS. No Geisel, por exemplo, o número de homicídios foi de dez em 2013 para três em 2015. No Bairro São José, foi de 16 para dois. Vidas estão sendo protegidas”, contou.
“Vamos fazer uma no Altiplano e uma nos Bancários, na região Timbó, que tem sido uma solicitação constante dos moradores. Além disso, vamos entregar 119 viaturas e 30 motos, mais do que dobramos o número de viaturas no estado, não existe mais é mais aquela coisa de empurrar viatura de polícia”, disse.
Coutinho afirmou que os assaltos também são um problema a ser combatido na Paraíba, porém, os objetos podem ser recuperados, enquanto a vida humana não. O governador ainda prometeu a instalação de duas UPSs na em João Pessoa e exaltou suas ações em benefício da polícia.
Mobilidade urbana
No aniversário de João Pessoa o governador destacou a obra do viaduto Eduardo Campos (Viaduto do Geisel). Ricardo disse que “desde a década de 80 que a cidade precisava dessa obra”. Segundo o governador, unir a Zona Sul com o restante da cidade é muito importante pois “essa região ficou à parte da cidade pela separação da BR 230”.
Jóias
Ricardo lembra que em breve o Teatro Santa Rosa estará sendo entregue. “Totalmente reformulado, foram investidos R$2 milhões e 500 mil. Ar condicionado, acústica, equipamentos, cortinas, poltronas, teto, tudo. Está belíssimo!”. O governador também disse que investimentos foram feitos Teatro Íracles Pires, em Cajazeiras.
Assaltos a bancos
“As instituições financeiras cruzam os braços em relação à segurança pois sabem que o dinheiro é segurado”. O governador colocou a responsabilidade dos recentes assaltos na despreocupação dos bancos. Coutinho avisa que pedirá que a Assembleia Legislativa debata sobre projeto de lei que obrigue as instituições financeiras a recolher o dinheiro dos seus caixas no final da noite e o reabasteça pela manhã: “Todas os atentados à caixas ocorrem de madrugada”.
O governador comenta que não tem como realocar policiais para monitorar espaços privados, quando o público precisa mais.
Alfinetadas, farpas, diretas e comparações
Durante a entrevista o governador comparou em diversos momentos sua gestão como prefeito da capital e governador com o atual prefeito de João Pessoa. Ricardo comentou que durante sua gestão a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) classificava João Pessoa como primeiro lugar nas capitais nordestinas. Atualmente João Pessoa ocupa o sexto lugar.
Coutinho lança questão “se retirar o que o estado fez em João Pessoa o que sobra?”.
“Quando eu saí tinha uns 10 mil funcionários. Criamos 12 escolas durante cinco anos de gestão. Nessa atual gestão não teve uma escola, mas já estamos em 17 mil funcionários”.
Fonte: Polêmica Paraíba