Quem acompanhou os bastidores da política na última década, certamente ouviu falar, por diversas vezes, no nome de Ricardo Marcelo. Tido como um conciliador na política, presidiu a principal Casa legislativa do estado por dois mandatos. Ricardo decidiu não concorrer mais a cargos eletivos em 2018.
No entanto, o ex-deputado afirmou que tem recebido convites para retornar: “Eu tenho recebido muitos anseios de lideranças de todo o estado. Onde eu chego as pessoas me questionam ‘por que que eu não volto’, dizem que eu deveria voltar e prestar um bom serviço à Paraíba. Nossa atuação na política foi uma atuação diferenciada, tive as contas todas aprovadas e o povo sente falta”, disse, em entrevista ao Voz da Paraíba.
Quando assumiu o comando da legenda na Paraíba, o senador Veneziano Vital citou o nome de Ricardo Marcelo como uma força política que poderia chegar ao partido. Ricardo afirmou que as conversas com o vice-presidente do Senado têm acontecido e que seu destino deve ser mesmo o MDB:
“Nós tivemos um contato inicial e ele me fez o convite para que eu retornasse ao MDB, pois hoje eu estou sem partido. Vamos conversar mais, porque eu acho que política a gente tem que começar a agregar, não para o partido, mas para o estado inteiro através do partido, para ter identidade com o povo paraibano. Tem que diferenciar o que é público e privado. É isso que nós estamos conversando e eu acredito que, se Deus quiser, vai avançar”, relatou Ricardo.
Ele não descartou voltar a disputar cargos eletivos: “Estou vendo, observando o quadro, vendo como as coisas devem funcionar. Porque fazer política por fazer, eu não faço. Se for para fazer política para depender de salário, de outras questões, eu não faço”, declarou.
Ricardo Marcelo disse ainda que hoje está se dedicando a sua vida de empresário e ao seu trabalho social: “Estou muito ativo, principalmente nessa época de pandemia, que complicou muito, mas graças a Deus, nós temos expandido os negócios nas duas empresas, sem demitir ninguém, estamos mantendo todos os funcionários, gerando empregos, procurando gerar as condições necessárias para que as pessoas possam trabalhar. E, de certa forma, prestando um serviço social muito bom com a ONG, hoje nós temos quase 340 alunos. Esse é o meu dia a dia”.
O ex-presidente da ALPB avaliou também a gestão de João Azevêdo frente ao estado, mas ressaltou que a pandemia tem atrapalhado na hora de fazer essa análise: “Na pandemia está muito complicado de fazer uma avaliação política ou administrativa de forma eficiente. Ele é um cara centrado, é um cara que está participando bem nesse momento e, com relação ao geral, a gente só pode fazer uma avaliação depois que sairmos dessa pandemia”.
Fonte: Samuel de Brito, Voz da Paraíba e Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba