O governador Ricardo Coutinho devolveu, literalmente, para as mãos do PMDB a decisão de continuar ou não com a aliança firmada nas eleições de 2014. Indagado sobre como ficará o futuro da união entre as duas legendas, o chefe do executivo foi direto ao ponto.
“Olha, eu acho que essa pergunta tem que ser feita ao PMDB. Eu tenho tido muito cuidado por conta de coisas óbvias. Fizemos uma aliança em 2014, não da forma como alguém falou, dizendo que a minha vitória se devia a um partido. Ora, se fosse assim como é que você dá a vitória a outro e não dá a sim mesmo. Esse é um contrassenso. Ganhamos porque a vitória foi do povo. O povo não queria retrocesso e eu passei toda a campanha dizendo isso, e eu percebi que a população, à medida que fosse percebendo os avanços que o estado teve, barraria o retrocesso, e barrou por uma diferença enorme”, disse. Segundo Ricardo, se alguém tem que responder sobre o rompimento é o próprio PMDB e não ele.
“Sobre essa aliança, quem tem que responder sobre isso é o PMDB, eu não, eu estou na minha, fico feliz com a vinda de Gervásio, fui procurado, é uma honra muito grande estar ao seu lado, como foi uma honra grande ter trabalhado ao lado do seu pai”, disse.
Ontem, em entrevista a imprensa, o senador José Maranhão já havia jogado a batata quente para o PSB, afirmando que não estava anunciando o rompimento, mas que compreenderia o direito do partido do governador de fazê-lo.
“Nenhuma ameaça naquilo que pode competir a mim vai ter efeito, na base de dizer, se o PMDB tiver candidato rompeu com o seu aliado. Eu não estou rompendo com ninguém, mas reconheço que o meu parceiro tem o direito de romper comigo, agora não é essa ameaça que vai me tirar de um propósito, que é um propósito legitimo, de disputar uma eleição. Mesmo os partidos pequenos, aonde pode apresentar candidato apresenta, imagina o PMDB”, disse.
Fonte: Pbagora
Créditos: Márcia Dias