Renato Gadelha põe lenha na fogueira e diz que oposição vai fazer jogo duro discutindo as contas do estado

Renato Gadelha Tribuna

 

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa promete fazer muita zoada na sessão legislativa que se iniciará após as festividades do carnaval.

Com as baterias recarregadas depois do recesso parlamentar, os deputados estão com a pauta recheada para debater com os governistas sobre diversos temas, entre eles, a situação financeira do Estado.

Conforme o líder da bancada, deputado Renato Gadelha (PSC), a tônica será está até porque era dito que a Paraíba era uma verdadeira suíça, uma ilha de Excelência, mas também não concordava com alguns oposicionistas que diziam que o Estado era Bangladesh.

“Nós temos que ver qual é a realidade do Estado e tenho certeza que a Paraíba vai viver um período difícil e isso é muito ruim para qualquer cidadão porque vejo demissão, desemprego e principalmente agora depois desta conduta do governo que vai rever os contratos. Isso mostra só mostra as dificuldades que vão causar problemas para as empresas e, consequentemente, para os trabalhadores paraibanos e para a economia como um todo”, avaliou.

O líder da oposição disse não saber se seria necessária essa decisão do governador Ricardo Coutinho (PSB) até porque também não se sabe se o governo estaria com contratos superfaturados, uma vez que, o corte a partir 15% no valor dos contratos vai difícil para as empresas que já prestaram serviços, forneceram os insumos necessários para o governo e ter que baixar em mais de 15 % os custos. “Com certeza vamos ter conseqüências danosas à economia paraibana”, disse.

Conforme Gadelha, o próprio governador sinalizou que o Estado está quebrado quando tentou de forma ilícita conseguir os recursos dos depósitos judiciais, depois deixou de pagar 1/5% da sua receita líquida para o pagamento dos precatórios e isso é constitucional. “O governador também aumentou os tributos IPVA, ITBI, ICMS e jogou tudo pra cima e agora dar o golpe final com a renegociação dos contratos”.

O líder teme ainda haja negociações escusas referentes aos contratos para obras do Estado já que são somas vultosas e não estão dentro da renegociação da Câmara de Conciliação. “Eu até preferia que passasse pela Câmara, porque nós teríamos a certeza de como estaria sendo realizada,mas o governo está fazendo a negociação por fora e eu acho que é ai que reza o perigo porque pode ter coisas escusas dentro dessa negociação que não passa pela Câmara”, observou.

Gadelha salientou ainda que essa negociação é muito esquisita e acredita que isso descambe para uma batalha jurídica enorme e quem vai sair prejudicado é o Estado e o povo em geral que vai pagar os tributos para recompor o caixa dos governos. “O senador Cássio Cunha Lima foi feliz em uma frase quando disse que o governo é para servir as pessoas e não as pessoas para servir o governo. Quanto o governo ta mal recorre à população para salvar o governo, quando deveria ser o contrário”, pontuou.

 

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