O líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Renato Gadelha (PSC) usou a tribuna da casa na manhã desta quinta-feira para defender a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar supostos desvios de conduta do programa de concessão de crédito Empreender Paraíba, do Governo do Estado. O pedido de CPI, feito pelo deputado Bruno Cunha Lima (PSDB), baseia-se em relatórios da Tribunal de Contas e da Controladoria Geral do Estado que apontam diversas irregularidades na concessão dos empréstimos.
“Esta CPI é o caminho legal e mais adequado para que possamos esclarecer essas denúncias. O deputado Bruno trouxe fatos incontestáveis do desvirtuamento do programa Empreender”, disse Renato. Para Renato Gadelha, a investigação é uma oportunidade para o Governo demonstrar que não houve irregularidade. “Queremos apurar a fundo, e de maneira criteriosa, estes fatos trazidos pelos relatórios são extremamente relevantes e que mexem com a história da Paraíba e com o resultado da última eleição”.
Renato Gadelha afirmou ainda que espera que a Assembleia estruture a CPI de forma organizada e disciplinada e que a “oposição está pronta para discutir todo e qualquer tema de forma civilizada com vem fazendo até agora”. O líder da oposição lembrou que “é no Parlamento que se corrigem os rumos, onde se acertam as condições para que o povo seja beneficiado”.
O líder da oposição foi taxativo ao rebater o argumento da bancada de situação que tentou traçar um paralelo entre o caso Empreender e o processo da FAC, que culminou com a cassação do então governador Cássio Cunha Lima. “Não vamos aceitar essa tentativa de justificar desvios de conduta no presente com erros do passado. O senador Cássio foi julgado e punido e este assunto está encerrado”, afirmou Renato Gadelha. “Nós não podemos corrigir um erro com outro, precisamos fazer cessar esse tipo de atitude. A sociedade espera uma apuração desses fatos, sejam quem forem os envolvidos. É isso que a sociedade quer e espero que esta Casa nos dê as condições de apurar cada uma dessas denúncias”, finalizou Gadelha.
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