Os deputados estaduais Estela Bezerra (PSB) e Renato Gadelha (PSC) debateram os temas da atualidade e da política local, na noite desta segunda-feira, 29, no programa Conexão Master, da TV Master, apresentado por Alex Filho. Os jornalistas Gutemberg Cardoso, Marcos Wéric e Eraldo Nóbrega participaram da conversa, questionando os convidados.
Após os cumprimentos iniciais, Marcos Wéric lembrou sobre o novo centro administrativo da Assembleia Legislativa da Paraíba, que vai centralizar os anexos no prédio identificado como Paraíba Palace, localizado no Ponto de Cem Reis, no Centro de João Pessoa.
“Acho que o Brasil é um país mágico, supera essas crises com certa facilidade, estávamos vivendo a maior crise, desde o governo Vargas, a crise envolvia até o Poder Judiciário”, disse o deputado fazendo referência a delaçao dos empresários da JBS, Whesley e Joesley Batista, em que acusam mais de mil políticos de corrupção, inclusive o presidente MIchel Temer. “Eu acho que vamos esperar um pouco, ver a autenticidade das gravações, ver quem está envolvido, porque a delação foi ampla, e depois punir quem foi culpado”, disse.
Já a deputada Estela disse que “estamos vendo o país ser desmontado diante do depoimento de dois empresários, que estão envolvidos na compra de vários políticos e, agora, mantendo o silêncio de Cunha, perderam a medida, a crise é da representação política, crise econômica como aconteceu em 1929 e acredito que isso só vai acontecer com novas eleições, em 2018”, disse a parlamentar.
Renato Gadelha acredita na inocência de Temer, a respeito da acusação feita pelo empresário da JBS, “foi uma armação, está se provando agora”, disse, fazendo referência a uma lista divulgada nesta segunda-feira sobre os maiores devedores do BNDES, que tem a Rede Globo como maior devedora e a JBS, em segundo lugar. Ele seguiu dizendo que “é preferível que Temer continue no governo porque não tem razão para gastar muito numa eleição direta agora para uma gestão de poucos meses, é preferóvel que ele fique no governo até o final ou o Meireles”, disse.
Estela lembrou que os vazamentos de áudios e de depoimentos de delações não causavam inquietação na Paraíba, mas o vazamento de informações das denúncias da JBS causa furor por tratar de nomes de tantos deputados, “é preciso haver uma coalisão de homens e mulheres do país, envolvendo pessoas que estão ilesas dessas denuncias para que representem o Brasil”, defendeu a socialista.
Questionados sobre os reflexos da crise nas eleições de 2018, na Paraíba, Estela Bezerra disse que o prejuízo é para toda a classe política do estado, “nós temos hoje, uma total falta de credibilidade, com o parlamento e com o Executivo nacional , isso não acontece aqui porque o governador Ricardo Coutinho goza de muita credibilidade e confiança, ele não é citado em qualuqer tipo de esquema, o que nos assusta é que não temos qualquer garantia que podemos fazer algo para ter voto direto no país, o parlamento está resguardando Temer”, disse.
Gadelha disse que o governo estadual está envolvida em uma série de coisas que “torna o quarto pior governo em transparência do Brasil”, citando empresas que doaram dinheiro nas campanhas do governador Ricardo Coutinho. Nacionalmente, ele defendeu a continuidade do governo como forma de impedir que a instabilidade economica aumente no país.
Sobre a polêmica criada com a lista de prestadores de serviço da secretaria de Saúde da Paraíba, o deputado Renato disse que “são três listas com valores diferentes, uma enviada para o Tribunal de Contas, uma para o Banco do Brasil e outra com o Ciaf, em valor mais alto ainda”. Já a deputada Estela destacou que o TCE certificou a Secretaria pela correção na prestação de contas e apontou que o parlamentar de oposição diz defender o direito dos trabalhadores, mas é favorável a reforma trabalhista e da previdência, como ele mesmo confirmou, argumentando que é necessário para o Brasil “e deve acontecer”.
Gadelha defende a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a contratação dos chamados codificados, no atual governo e nos anteriores.
Desafiado a elogiar o governo estadual, Renato Gadelha afirmou que o programa de estradas é beme sucedido, mas emendou dizendo que quando o governador assumiu a gestão, já tinha recursos garantidos para as estradas, Estela disse que, em 2011, não havia qualquer convênio garantindo recursos para obras na nova gestão, e ainda assim Ricardo Coutinho retirou 54 cidades do isolamento.
Questionados sobre os nomes que gostariam de ter como candidatos ao governo em 2018, Estela disse que não tem preferência por nome e destacou que “o PSB vai oferecer um nome no momento certo” e destacou que o modelo aplicado pelo governador lhe dá segurança de que “a pessoa escolhida precisa ter a compreensão e a responsabilidade de ganhar votos, é preciso entender o projeto e atraia o voto dos paraibanos”, emendou.
Estela defendeu ainda discussão dentro do PSB para definir a candidatura de Coutinho, “porque ele representa um novo modelo de fazer política e representa o futuro”, afirmou.
Créditos: Polêmica Paraíba