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Renan diz já ter defendido alterar lei de delação e pede desculpas a Aécio

Conforme a nota da assessoria de imprensa do presidente do Senado, "todas as opiniões do senador foram noticiadas pelos veículos de comunicação"

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reiterou por meio de nota divulgada à imprensa na manhã desta quarta-feira (25) já ter defendido anteriormente alterar a lei de delações.

O texto veio em resposta à reportagem da Folha de S.Paulo que revela diálogo do peemedebista com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No diálogo gravado, o congressista demonstra apoio a mudanças na lei que trata da delação premiada de forma a impedir que um preso se torne delator.

Conforme a nota da assessoria de imprensa do presidente do Senado, “todas as opiniões do senador foram noticiadas pelos veículos de comunicação”.

No texto, Renan também se desculpa com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pela forma como se refere a ele no diálogo com Machado.

“Em relação ao senador Aécio Neves, o senador Renan Calheiros se desculpa porque se expressou inadequadamente. Ele se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação -e não medo- com a citação do ex-senador Delcídio do Amaral”.

Em trecho dos áudios gravados por Sérgio Machado de conversas com Renan, o senador diz que os políticos todos “estão com medo” da Operação Lava Jato.

É nesse momento que o presidente do Senado menciona o congressista mineiro. “Aécio está com medo”.

A nota de Renan encerra negando qualquer intenção do senador de interferir nas investigações.

“Os diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações”, conclui.

Machado e Renan são alvos da Lava Jato. Desde março, temendo ser preso, Machado gravou pelo menos duas conversas entre ambos. A reportagem obteve os áudios.

Ele também gravou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), empossado ministro do Planejamento no governo Michel Temer. A revelação das conversas pela Folha na segunda (23) levou à exoneração de Jucá.
Créditos: FolhaPress