Os deputados federais Efraim Filho (DEM) e Pedro Cunha Lima (PSDB) colocaram em dúvida, nesta sexta-feira (28), a aprovação do relatório da Reforma da Previdência e a apreciação da proposta no plenário da Casa antes do recesso parlamentar.
O relatório deve ser apresentado à Comissão na próxima terça-feira (02) pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), o relator, mas a votação do texto ainda é incerta. Em contato com o Polêmica Paraíba, o coordenador da bancada paraibana, Efraim Filho foi direto ao ponto: “É uma situação indefinida. Só no momento da votação na Comissão Especial para saber [se haverá mesmo a votação]”, admitiu.
O tucano Pedro Cunha Lima (PSDB) vê outros problemas que atrapalham a tramitação, como a campanha de desinformação contra a proposta. “Existe uma campanha muito dura, de que a Previdência é contra o povo, então é sempre importante amadurecer o debate. Estou pronto para votar a Previdência, continuo fazendo algumas reivindicações, mas é muito desse ambiente de consenso, de reivindicações, que são sempre justas, para que a gente consiga a gente chegar a um entendimento final e não desperdice um instrumento muito importante para fazer o ajuste fiscal que o Brasil tanto espera para que a economia volte a crescer”, ponderou.
Apesar de ser favorável à proposta, um dos pontos da Reforma que incomodam Pedro é o tratamento dispensado aos professores. Ele acredita que o Governo deveria dar uma atenção especial para a categoria. “Ninguém quer ser professor no Brasil porque não vale a pena. A gente tem que tratar melhor os que se responsabilizam pelo desenvolvimento econômico e social do nosso país, porque é a educação que move tudo. Então a gente tem um desestímulo muito grande e eu não consigo deixar de fazer essa cobrança”, explicou.
Apesar dos atrasos no cronograma da reforma e das dúvidas dos deputados paraibanos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmam que ainda é possível votar a proposta no plenário até 17 de julho, quando o Congresso entrará em recesso.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba