A alegria do povo em saber que foram as ruas e conquistaram a reforma da previdência, foi frustrado antes da votação de ontem, pela entrevista publicada no site O Antagonista, concedida pelo presidente da câmara Rodrigo Maia. Um detalhe simples, (imperceptível) revelou mais uma vez que a história não erra: é impossível uma mudança sem rupturas. Não se faz omeletes sem quebrar ovos.
Acompanhamos todos os passos do deputado federal Rodrigo Maia, após a última manifestação que referendou nas avenidas e praças públicas do país – mais uma vez – a vontade popular da maioria dos brasileiros em fazer a Reforma da Previdência, apoiar o pacote anticrime do Juiz Sérgio Moro e manter a operação lava-jato. Por mais que disfarçasse sua revolta contra estes movimentos cívicos, Rodrigo Maia não conseguia esconder seu desprezo pela identificação de o governo do presidente Jair Bolsonaro, com os anseios da nação. Psicótico, continua crendo que a câmara dos deputados é soberana, e que em algum momento, o governo cederá a seus caprichos.
Rodrigo Maia isolou-se do Ministro Paulo Guedes, por ter demitido o “homem função” Joaquim Levy, que prestou serviços ao Bradesco, governo de Sérgio Cabral; ex-presidente Dilma Rousseff e FMI, criminosamente desrespeitando a “quarentena”. Só Deus sabe quais foram os “mapas das minas” que deixou por lá, em troca deste emprego. Como ensina um adágio nordestino, Levy “amarra o burro onde o dono manda”. A ira de Rodrigo Maia foi algo tão estapafúrdio, que pegou de surpresa a crônica política: taxou como ato de covardia do Ministro Paulo Gudes e do presidente Jair Bolsonaro (?). Coitado… Triste do poder que não pode. A missão do presidente Bolsonaro é “despetizar” o país e impedir que o comunismo do século XXI se instale em solo guarani. O que pretendia Rodrigo Maia com Joaquim Levy no BNDES?
A votação de ontem do projeto da Reforma da Previdência custará ao governo e o povo brasileiro – inicialmente – um bilhão de reais. Claro que Bolsonaro nada sabe sobre esta conta. Mas, Rodrigo Maia ontem na entrevista ao site O Antagonista revelou o preço para por em Plenário, 510 deputados. Vão aumentar o Fundo Eleitoral em um bilhão de reais. Saltará de 2,7 bilhões para 3,7 bilhões. Isto sem levar-se em conta, quase um bilhão que é destinado anualmente aos partidos políticos, como Fundo Partidário. Assumindo os destinos do Brasil, o Congresso através da OCRIM “Centrão” legislará doravante, em causa própria. O povo que se dane.
Ontem no twitter, abrimos esta discussão ou debate: Por que o povo tem que pagar a candidatos e financiar suas campanhas? Um dos melhores negócios do mundo é ser presidente de um partido político no Brasil. Por mais inexpressivo que seja a sigla, recebe dez milhões de reais por ano, dinheiro “rachado” com meia dúzia de meliantes da política. O que vimos nas eleições do ano passado foram “laranjas” atestando despesas milionárias e obtendo 100 votos. Notas frias, recibos falsos, desvios através de doações de assalariados… Um roubo descarado do suado dinheiro do contribuinte.
Esta gente (Centrão) é bandida em nada difere de Macolla, Nem ou Beira Mar. Só não usam armas de fogo para nos assaltar. Pior, usam a lei e legitimam seus furtos. A maioria dos brasileiros, pouco ou nada sabe sobre o “Fundão Eleitoral” e o Fundo Partidário. Se convocarem um Referendo, todos votarão contra. Infelizmente nos empurraram goela abaixo em 2017, uma legislação abusiva – aproveitando-se da fragilidade do ex-presidente Michel Temer – que não poderia vetá-la, por está vivendo momentos difíceis – evitando sua cassação – com um laço da corda no pescoço, na outra ponta a OCRIM “centrão”. O aumento do “Fundão” será uma nova lei que tem prazo para ser aprovada pela Câmara e Senado: até 30/09/2019 para que possa entrar em vigor nas eleições municipais do ano vindouro. Imaginem os milhares de “picaretas” plantados como candidatos a vereadores e prefeitos, todos “laranjas”. Recebendo a dinheirama e devolvendo aos partidos, que por sua vez, dividirá com os ocupantes da casa do povo, Congresso Nacional. O povo aceitará calado?
Fonte: Júnior Gurgel
Créditos: Júnior Gurgel