O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou neste domingo que, com a assinatura do decreto de intervenção, os governos estadual e federal previram rebeliões em presídios. Segundo ele, serviços de inteligência informaram que o crime organizado atuaria para “testar” a capacidade de reação das forças de segurança:
— Certamente, haverá tentativas (de rebeliões e fugas), mas nós, acredito eu, estamos preparados — frisou o ministro.
Ele concedeu uma entrevista coletiva após acompanhar, na Base Aérea de Brasília, o embarque de uma equipe das Forças Armadas para o Ceará, onde farão ações de patrulhamento. Ele disse que se trata de uma operação de apoio, frisando que não há possibilidade de uma intervenção federal no estado nordestino. Ainda de acordo com Torquato, o governo federal não pretende fornecer detalhes orçamentários da intervenção na segurança pública do Rio porque “isso seria entregar o ouro ao bandido”. Ele disse apenas que os custos estaduais permanecem sob a responsabilidade do Palácio Guanabara.
Sobre a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, o ministro da Justiça afirmou que o presidente Michel Temer busca um nome com bom trânsito no Congresso e entre governadores, e que o titular da pasta será anunciado esta semana.
Fonte: O Globo
Créditos: O Globo