A jornalista Rachel Sheherazade, do SBT, revelou nesta segunda-feira (18) que mudou de opinião quanto à pauta das armas. Pelo Twitter, ao comentar o atentado na Nova Zelândia que matou 50 pessoas, frisou: “Violência não se combate com mais violência. Um dia já acreditei no poder das armas para vencer o ódio. Hoje, acho que só os livros são capazes de curar uma nação ferida pela cólera”.
É assim que o mundo civilizado responde a ataques de extremistas! Violência não se combate com mais violência. Um dia já acreditei no poder das armas para vencer o ódio. Hoje, acho que só os livros são capazes de curar uma nação ferida pela cólera. https://t.co/LSDMJQMocq
— Rachel Sheherazade (@RachelSherazade) 18 de março de 2019
A postagem veio acompanhada do link de uma matéria sobre a declaração da primeira-ministra neozelandesa, que prometeu endurecer as leis de controle de armas no país.
Antipetista e ex-porta voz da direita bolsonarista, Rachel Sheherazade tem se afastado cada vez mais do discurso de ódio e violência que a deu notoriedade e a tornou uma referência entre os apoiadores de Jair Bolsonaro e o próprio presidente.
A ideia de que o país precisa de “mais livros” e “menos armas” reproduzida no Twitter da jornalista, inclusive, foi usada como slogan por apoiadores de Fernando Haddad (PT) durante a disputa presidencial contra Jair Bolsonaro.
Em 2014, Sheherazade chegou a defender a ação de justiceiros, encampando o discurso defendido por Bolsonaro sobre “bandidos”. “Tá com pena? Leva para casa”, disse Sheherazade à época. O próprio presidente, em 2015, enquanto deputado federal, chegou a fazer defesas públicas da jornalista, como a vez que afirmou, pelo Twitter, que ela era uma “das poucas a cumprir o papel imparcial” no jornalismo brasileiro.
Sheherazade, por sua vez, também já defendeu Bolsonaro publicamente.
A partir do ano passado, em meio à disputa presidencial, no entanto, a jornalista rachou com o bolsonarismo. “Convido os seguidores de Bolsonaro, Lula ou quaisquer outros ‘messias’ a desfazerem amizade e deixar minha página limpa. De nada!”, postou. A partir de então, Sheherazade passou a ser uma ferrenha crítica do governo Bolsonaro e defensora de pautas que, há anos atrás, ninguém imaginaria, como o casamento LGBTI.
Sei que tem gente que não vai gostar, mas eis o que eu acho sobre FAMÍLIA: família é todo grupo íntimo que garanta amor, proteção, respeito e dignidade a seus membros. Onde houver amor, haverá família! Amo minha família. E você? pic.twitter.com/kHRU5QSY71
— Rachel Sheherazade (@RachelSherazade) 13 de março de 2019
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Redação Revista Fórum