O empresário e suplente de senador Raimundo Lira, 70 anos, que foi senador pela Paraíba entre 1987 e 1995, poderá voltar ao Congresso Nacional se Vital do Rêgo Filho assumir vaga no Tribunal de Contas da União. Lira disse que só falará sobre o assunto depois que o nome de Vital for aprovado pelo plenário do Senado.
O senador rebateu críticas feitas por alguns radialistas em emissoras de todo o Estado sobre o fato dele não morar na Paraíba e esclareceu que, apesar de não morar no Estado, é um dos maiores proprietários de imóveis da Paraíba. Raimundo Lira afirmou que tem casa em Campina Grande, com cinco funcionários, todos com carteiras assinadas.
Ele disse ainda que continua dono de uma fazenda na região do Brejo, é dono de dois shoppings de automóveis e dos prédios onde manteve concessionárias de veículos durante anos. “Além do mais, meu domicílio fiscal é na Paraíba”, disse o futuro senador.
Lira afirmou que mantém relações estreitas com a Paraíba e que visita o Estado frequentemente. Disse que não pode chegar ao Estado e telefonar para os jornalistas dizendo: “cheguei”.
“Sou empresário e não posso chegar ao Estado e telefonar para a imprensa dizendo que cheguei. Isso cabe aos políticos”, reforçou Lira, acrescentando que sempre visita a Paraíba e que durante as festividades juninas, em Campina Grande, faz questão de voltar para sua casa com convidados de outros Estados, “para que eles possam conhecer a nossa cultura”.
Filiado ao PMDB, Raimundo Lira voltou ao cenário político paraibano em 2010, quando foi convidado pelo então candidato ao Senado, Vital do Rêgo Filho, para ser candidato a primeiro suplente. “Quando Vital me convidou, me instalei na Paraíba e fui coordenador da campanha”, lembrou Lira, frisando que não poderia ter aparecido na campanha porque o candidato era Vital e ele era apenas primeiro suplente.
No seu entendimento, quem precisava aparecer era o candidato e não ele. Raimundo Lira é natural de Cajazeiras. “Mesmo assim, ainda apareci na propaganda eleitoral”. O ex e futuro senador nasceu no dia 16 de dezembro de 1943. Economista, ele se transformou em empresário do setor automobilístico em Campina Grande e João Pessoa. Hoje, mora em Brasília “sem esquecer os vínculos com a Paraíba”.