Em entrevista coletiva concedida na madrugada desta quinta-feira (12), o presidente da Comissão Especial do Impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowsky, é garantia de que os trabalhos não sofrerão judicialização após fim do processo.
Em meio a um “batalhão” de jornalistas, Raimundo Lira disse que o papel do ministro Lewandowski será instância máxima da Comissão processante.
“Então se, eventualmente, tivermos alguma questão de ordem ou algum recurso pelo oponente, pelo bloco ou pelo senador, passamos a ter a instância máxima do STF que vai dirimir essas dúvidas e pacificar o contraditório na Comissão Especial do Impeachment” afirmou.
Raimundo Lira também destacou o espírito público dos senadores na análise do impeachment. Ele elogiou o andamento do processo, destacando os trabalhos do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). O senador paraibano também agradeceu o apoio do presidente da Casa, Renan Calheiros, e ressaltou o espírito público de senadores que participaram dos trabalhos do colegiado.
— Defini com clareza três pontos fundamentais que balizaram a minha forma de exercer essa nobre tarefa: comportamento suprapartidário, imparcialidade na condução dos trabalhos e não permitir que a maioria esmagasse a minoria — afirmou.
Ele lembrou que votou pela admissibilidade do processo do impeachment da presidente Dilma e adiantou que, agora, aprovada a continuidade da ação, a comissão seguirá o mesmo rito adotado em 1992, quando o Senado analisou o caso do então presidente Fernando Collor.
Lira confirmou que iniciará a segunda etapa dos trabalhos da Comissão Especial com a mesma vontade e dedicação.
Créditos: Assessoria