O candidato a deputado federal pelo Partido Novo, Diego Dusol, aderiu à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República. A decisão aconteceu depois que o presidenciável João Amoedo sugeriu neutralidade em um eventual segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (PT), em um vídeo postado nas redes sociais. O paraibano discordou da direção nacional do partido e agora é alvo de um processo de desfiliação.
À reportagem do Polêmica Paraíba, Diego Dusol disse que o posicionamento de João Amoedo é ‘inconveniente e irresponsável’ porque ‘equipara moralmente pólos incomparáveis em termos morais e de propósitos’. Por essa razão, ele e outros integrantes da ala direitista do Novo decidiram votar em Bolsonaro já no primeiro turno. ‘Votarei em Bolsonaro já no primeiro turno, depois de comprovar quem é Amoedo. A direita do Novo estava revoltada e tomei a liberdade de ser porta-voz deles’, disse.
Dusol afirmou que existe perseguição política dentro do partido, provocada ‘Pela face socialista infiltrada no Novo e que revelaria a verdadeira faceta do partido’. Ele disse que o partido o censurou por defender pautas como o armamento para agricultores, mas teria liberado uma vereadora de São Paulo a se alinhar a ideias petistas. ‘Dentro do Novo existem ‘núcleos democratas, liberais e conservadores, mas que não podem expressar a sua linguagem e são censurados na sua linguagem e acabam perdendo sua identidade política’, informou.
De acordo com Adriano Terrazzan, presidente do Novo na Paraíba, a executiva nacional já decidiu que os filiados da legenda não podem declarar apoio a outros candidatos no primeiro turno, já que João Amoedo é o presidenciável do partido. ‘Nosso estatuto é bem claro, nossos filiados não podem apoiar outro candidato que não seja do nosso partido. A declaração de Diego Dusol foi classificada como infidelidade partidária e as providências já estão sendo tomadas, de acordo com o estatuto do partido. Ele vai ter direito à defesa e isso está sendo tratado pela executiva nacional’, disse.
Além de Diego Dusol, a candidata Marília Dantas concorre ao cargo de deputada federal pela Paraíba. O presidente do partido garantiu que, apesar do processo disciplinar, ele poderá concorrer normalmente pelo partido. ‘É um processo que será aberto, isso gera um tempo, mais ou menos 60 dias. O processo não é instantâneo’, esclareceu Terrazzan.
No vídeo publicado em seu perfil no Instagram, que é objeto de investigação do partido, Dusol disse que, ao se declarar neutro, ‘Amoedo mostra que tem compromisso com o projeto social da esquerda’. Assista abaixo.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba