A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o pagamento do show realizado pela cantora Daniela Mercury em um ato pró-Lula.
A gestão optou pela medida enquanto aguarda o resultado da investigação esclarecer se o evento, pago com recursos públicos e emendas parlamentares, teve manifestações político-partidárias.
A apuração, realizada pela CGM (Controladoria Geral do Município), foi aberta na quarta-feira (4), três dias depois do show que a cantora realizou em ato pró-Lula junto a centrais sindicais. Nesse tipo de show com dinheiro público, é vedada qualquer manifestação política.
A cidade de São Paulo gastou quase R$ 200 mil para o pagamento de artistas que se apresentaram na manifestação do 1º de Maio. As informações constam em publicações no Diário Oficial do município.
A artista que mais recebeu dinheiro público foi a cantora Daniela Mercury: R$ 100 mil. Na sequência, aparecem a banda Francisco El Hombre (R$ 30 mil), o rapper Dexter (R$ 28 mil), a banda Sampagode (R$ 17 mil) e o DJ KL Jay (R$ 12 mil). Somados, os valores chegam a R$ 187 mil.
Durante a apresentação, na praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, a cantora baiana criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro, levantou a bandeira do Partido dos Trabalhadores e incentivou o voto no petista. “Tem que ser Lula, eu quero Lula”, disse.
Além disso, o ato pró-Lula foi bancado com emendas de parlamentares, que somadas chegam a quase R$ 1 milhão. Os vereadores que enviaram emendas para o evento cultural são Sidney Cruz, do Solidariedade, e Eduardo Suplicy e Alfredinho, ambos do PT. Recentemente, o deputado federal Paulinho da Força, que comanda o Solidariedade, oficializou apoio a Lula na corrida ao Palácio do Planalto.
Em nota, a equipe de Daniela Mercury informou que a contratação da artista foi feita pela produtora MGioria Comunicações, o que não consta na publicação do Diário Oficial de São Paulo. “O valor do cachê foi quitado integralmente pela MGioria. A produtora da artista esclarece que não recebeu e nem receberá nenhum recurso da prefeitura”, diz o comunicado.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: R7