O governador João Azevêdo (PSB) revelou, nesta segunda-feira (03), que a decisão de suspender o embargo às obras do Parque Sanhauá, em João Pessoa, ‘foi uma decisão absolutamente técnica’. Em entrevista ao programa Conexão Master, da TV Master, o governador ressaltou que analisou todos os relatórios da obra e constatou que a paralisação dos serviços traria, segundo ele, mais prejuízos do que benefícios à cidade.
João Azevêdo rechaçou que a suspensão do embargo tenha algum significado político. “Absolutamente decisão de gestão. A partir da sexta-feira, eu soube do embargo, eu gosto muito de ter todas as informações e eu pedi todos os relatórios. A obra poderia ter necessidades de pequenos ajustes, mas poderia ser corrigido. Não seria, no meu entender, o melhor caminho o embargo”, revelou.
Apesar de ter retirado o embargo, o governador considerou que a decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estado da Paraíba (IPHAEP) foi correta. Ele concedeu um prazo de 20 dias para a Prefeitura Municipal de João Pessoa regularizar a documentação da obra. “O embargo foi absolutamente correto, pois você precisa ter o licenciamento do Ipahep do Iphan. A prefeitura não tinha ainda do Iphaep”, considerou.
João Azevedo reforçou, no entanto, a decisão de retirar o embargo com base nos relatórios. “É evidente que os relatórios e as informações deixavam claro que existe dois caminhos: o que pode trazer prejuízos e o que não traz prejuízos. Eu digo com a maior tranquilidade, que o embargo traria mais prejuízos do que benefícios para a cidade de João Pessoa. Quem ganha é a cidade”, explicou.
Barreira do Cabo Branco
O governador João Azevêdo também comentou a erosão na Falésia do Cabo Branco. Ele revelou que foi informado, no final do ano passado, que o Governo Federal liberou para a Prefeitura de João Pessoa R$ 60 milhões para as obras de preservação da barreira, e que apesar de discordar do projeto, defende a execução das obras.
“Eu posso discordar do projeto, eu discordo do projeto porque o impacto ambiental é muito grande, mas é preciso que se comece o projeto para proteger a falésia. O que eu sei, é que foi empenhado em dezembro R$ 60 milhões de reais. Porque não começou, não sei”, informou.
Resultados na gestão
O governador João Azevêdo comemorou os resultados obtidos pelo Governo do Estado nos primeiros cinco meses da nova gestão e elogiou o ex-governador Ricardo Coutinho, de quem é aliado. “A Paraíba experimentou um ritmo extremamente forte de execução de obras, de definições de novas ações, isso foi o que marcou efetivamente essa gestão que foi conduzida por Ricardo”, opinou.
“A continuidade não se limita apenas a ter o próprio partido. A continuidade requer uma postura eficiente, de implantação de política novas, de obras, de ordens de serviço, de entregas de obras. Isso foi o que decidimos fazer. Conseguimos manter um ritmo extremamente positivo”, considerou.
Audiências do orçamento democrático
João Azevêdo também fez um balanço positivo do orçamento democrático em 2019.
‘O orçamento democrático é uma política de estado que está consolidada. Durante esses dias, mais de 50 mil pessoas saíram de casa para participar das plenárias, para colocar suas reivindicações, numa relação direta utilizando o microfone aberto. Isso faz com que a gente tenha a certeza de que essa política vai ao encontro dos anseios da população”, apontou.
Reajuste salarial
João Azevêdo ressaltou que é preciso observar a situação econômica do país ao falar de reajuste para o funcionalismo. “O que nós temos que fazer enquanto gestor é ter compromisso de dar aumento e poder pagar. Qualquer aumento, você tem um impacto na folha. Os estados têm uma dificuldade muito grande de estar no limite da lei de responsabilidade fiscal. Você está sempre no limite, isso quase inviabiliza um reajuste linear. Isso só pode acontecer se a economia reagir’ ponderou.
Concursos públicos
João Azevêdo prometeu chamar no segundo semestre desse ano mais 500 concursados que foram aprovados recentemente na área da segurança pública estadual. “Vamos chamar o restante dos outros 500 concursados. Eles serão chamados no segundo semestre. Serão convocados para fazer o curso e só começar a trabalhar quando estiverem preparados”, disse.
Perspectiva para a economia brasileira e a Reforma da Previdência
O governador criticou a ênfase dada pelo Governo Federal na Reforma da Previdência. “Dá a impressão de que o Brasil parou e colocou como única meta a aprovação da Reforma da Previdência. Poderíamos ter programas de incentivo na construção civil, investimentos nos fundos que estão bloqueados para gerar superávit primário e que não são utilizados para absolutamente nada”, opinou.
https://www.facebook.com/Masterizando/videos/501347430439020/
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba