A sétima fase da Operação Calvário, denominada de Juízo Final e deflagrada na Paraíba e em vários outros estados, debulhou a função exercida por cada membro de uma Organização Criminosa que verteu recursos públicos da saúde, educação e demais áreas para corrupção durante os governos do PSB. Na decisão, em que o desembargador Ricardo Vital determina a prisão de Ricardo Coutinho e outras figuras do esquema criminosa, o Ministério Público tacha o ex-governador de chefe da quadrilha.
No documento, Coutinho é apontado como líder do núcleo político. Era responsável pelos métodos operacionais e estratégias de arrecadação da propina arrecadada junto as empresas, fornecedores e Organizações Sociais que atuavam na saúde e na educação. Ainda nesse núcleo atuavam as deputadas Estela Bezerra, responsável pela estrutura da atividade por meio de sua companheira, Cláudia Veras, que foi secretária de Saúde durante os governos do PSB.
Cida Ramos é outra parlamentar apontada nas investigações. Ela era tida como uma das mais fiéis integrantes do esquema criminosa. Era umbilicalmente ligada ao ex-senador Ney Suassuna. Márcia Lucena, atual prefeita do Conde, era responsável pelas fraudes na educação, quando comandava a pasta durante o governo de Coutinho.
No núcleo econômico, destaque para Daniel Gomes, chefe da Cruz Vermelha; David Clemente, do Instituto Gerir; Vladmir Neiwa, da Grafset; Waldemar Abdalla, da empresa Brink Mobil; Márcio Noueira Vignoli, da Conesul; e Jardel Aderico, de Alagoas.
No Núcleo Administrativo, os principais nomes da ORCRIM são Waldson Souza, ex-secretário e que comprava apoios políticos com o dinheiro da saúde dos paraibanos; Livânia Farias, que foi secretária de Administração; Gilberto Carneiro, ex-procurador Geral do Estado; Edvaldo Rosas (ex-presidente do PSB), que também era operador e atualmente é secretário Chefe de Governo; Cláudia Veras, ex-secretária de Saúde; e Ivan Burity, também ex-auxiliar de governos do PSB.
Também alvos dessa nova fase Tatiana Domiciana, presidente da PBPrev; Aracilba Rocha, que intermediou contratos era de confiaça de Ney Suassuna. Chama a atenção a presença de três irmãos do ex-governador: Coriolano Coutinho, um dos principais responsáveis por coletar a propina e levar a Ricardo Coutinho; Sandra Coutinho e Raquel Coutinho, ambas atuavam no ‘branqueamento’ da propina ao ex-governador. Ney Suassuna foi responsável, segundo as investigações, por intermediar questões junto a Cruz Vermelha.
Fonte: Tá na Área
Créditos: Tá na Área