Com o fim do mandato do deputado federal Wellington Roberto na presidência do diretório estadual do Partido Liberal (PL), o ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro Marcelo Queiroga passou a ser cotado para dirigir a agremiação e prepará-la para as eleições de 2026, participando, inclusive, diretamente, de chapa majoritária. Em declarações à imprensa, Queiroga admitiu que ainda esta semana será tomada uma decisão pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, em consenso com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e que está disposto a assumir a missão. Mas lembrou que há outros nomes em pauta e pregou a unidade interna das forças de direita como mais importante para a disputa futura, observando que aposta fichas na viabilidade da candidatura de Bolsonaro a presidente mais uma vez.
Marcelo Queiroga, que foi fenômeno político nas eleições de 2024 para a prefeitura de João Pessoa, avançando para o segundo turno contra Cícero Lucena (PP), o reeleito, afirma que Wellington Roberto prestou grandes serviços ao partido e disse que a renovação nos quadros da legenda é natural diante dos desafios pela frente. O PL almeja lançar candidatos próprios ao governo do Estado e ao Senado, além de investir em candidaturas proporcionais, à Assembleia legislativa e Câmara dos Deputados. Queiroga não definiu, ainda, em que posição jogará, mas rumores indicam que, pela vontade do ex-presidente Bolsonaro, ele concorreria ao Legislativo federal, sobretudo ao Senado, dada a estratégia nacional do PL de obter maioria naquela Casa do Congresso.
Além de Marcelo Queiroga, um outro nome cogitado para comandar o PL paraibano é o do deputado federal Cabo Gilberto Silva, que tem sido um ativo expoente da direita conservadora em Brasília e um crítico constante do governo do presidente Lula. Marcelo Queiroga acredita que há um ambiente favorável à direita bolsonarista nas eleições de 2026 no Estado e em outras regiões do país e revelou que se mantém em contato permanente com o ex-presidente da República e com o presidente nacional Valdemar da Costa Neto. O PL examina a hipótese de aliança com políticos de centro-direita no Estado, como o senador Efraim Filho, do União Brasil, que, inclusive, participou da manifestação de protesto de policiais paraibanos por melhoria salarial em frente à Granja Santana, residência oficial do governador João Azevêdo. Os entendimentos para a aliança, porém, ainda estão longe de serem concretizados, conforme avaliação de Marcelo Queiroga.
Nonato Guedes