O ministro Helder Barbalho, da Integração Nacional, tem confirmado – na prática – a impressão que fui consolidando a respeito dele a cada nova audiência que me concedeu em Brasília:
É um brasileiro, nortista, profundamente comprometido com a missão de resgatar nosso povo da sofrida convivência com o drama cíclico da seca e do desabastecimento.
E o resultado – que só é possível conquistar quando operado por pessoas que conhecem de perto a extensão desse sofrimento – enfim será compartilhado com os paraibanos.
As águas da transposição já têm data para chegar: dia 28 de fevereiro testemunharemos, em Monteiro, esse dia histórico.
Sabemos que muitas mãos construíram essa realidade tão ansiada; esse enredo tão comprido. Mas é uma felicidade dobrada, como a gente costuma dizer por aqui, que um filho desta banda de cá do País esteja neste capítulo tão especial.
O Nordeste receberá a transposição das mãos de um filho do Norte e de um presidente que expressa o desejo de ser inesquecível para os nordestinos.
Certamente Helder Barbalho e Michel Temer estarão eternizados neste momento que aguardamos há quase dois séculos.
Foi precisamente em 1874 – ainda na regência de D. Pedro II – que o Brasil falou, pela primeira vez, na transposição de águas para libertar os sertões nordestinos desse eterno penar.
Tantas vezes aludida e tantas vezes descartada, a transposição enfim é uma realidade para ser celebrada.
E seremos a geração de privilegiados a testemunhar este instante – que estará completo, em toda sua plenitude, quando os canais do Eixo Norte também estiverem jorrando a água que abastecerá o Alto Sertão – onde pelo menos trinta municípios estão na iminência de um colapso total no abastecimento.
Não podemos esquecer, enquanto celebramos a recuperação dos estoques hídricos do Boqueirão, que quase um milhão de paraibanos seguirão em compasso de espera.
Sei – e dou meu testemunho sincero, de quem assiste muito de perto esse processo – que não falta vontade nem disposição do Governo Federal – em especial da parte do ministro da Integração.
Mas cada sertanejo vive situação de extrema urgência em relação ao final da transposição.
Por eles, e para eles, devemos continuar reunindo todas as nossas forças (e este é um papel cujo protagonismo deve ser assumido pelos nossos valorosos representantes da bancada federal) para que todo o conjunto da transposição seja finalizado.
Quem tem sede tem pressa.