No próximo ano, o eleitorado brasileiro irá às urnas para votar, entre os cargos, para deputado federal, representando seu respectivo estado. A Paraíba tem direito a ser representada por 12 deles. Nesta reportagem, o Polêmica Paraíba avalia a situação de cada um dos 12 atuais deputados federais com relação a uma possível reeleição em 2022.
Dos 12, metade deles não devem ter problemas para se reelegerem caso se candidatem. Eles vêm sendo bem avaliados por boa parte da população e teriam votos suficientes para exercerem mais um mandato na Câmara. São eles:
Aguinaldo Ribeiro (PP), Julian Lemos (PSL), Wilson Santiago (PTB), Efraim Filho (DEM), Hugo Motta (Republicanos) e Wellington Roberto (PL).
Contudo, do outro lado, aparecem especulações daqueles deputados que podem ter dificuldades para se reelegerem, ou até não serem eleitos para uma cadeira na Câmara a partir de 2023, por vários motivos.
Dois deles podem não disputar o cargo de deputado federal para tentar outra função nas eleições. É o caso Pedro Cunha Lima (PSDB) e Ruy Carneiro (PSDB). Pedro já deu declarações públicas de que se sente preparado e que já tem iniciado conversas para se candidatar a governador do Estado no próximo pleito.
Bastidores afirmam que Ruy Carneiro também poderia se lançar para um cargo em uma chapa majoritária, incluindo até para governador. Em contato com a redação do Polêmica Paraíba, no entanto, Ruy negou, dizendo que “nunca tratou” do tema e que “isso se resolve no ano da eleição”.
Outros dois deputados podem passar por problemas vinculados aos partidos em que são filiados. É o caso de Gervásio Maia (PSB) e Frei Anastácio (PT). Gervásio é presidente estadual do PSB, partido que vem passando por turbulências nos últimos anos, como a deflagração da Operação Calvário, que teve como uma de suas consequências o rompimento entre o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e o atual governador João Azevêdo, que antes de filiar-se ao Cidadania, pertencia aos quatros do PSB.
A imagem do PSB está ligada a Ricardo Coutinho, que por sua vez tem sua imagem ligada à Operação Calvário, operação deflagrada inicialmente pelo Ministério Público da Paraíba com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga suposto esquema de desvio de recursos públicos e que aponta Ricardo como suposto chefe da organização. Portanto, ter sua imagem ligada ao PSB e a Ricardo Coutinho pode resultar em perda de votos por parte de Gervásio.
Já Frei Anastácio pode apresentar dificuldades nas urnas por ter sua imagem ligada ao Partido dos Trabalhadores. O partido, e a esquerda como um todo, tem perdido força no cenário político a nível nacional, e na Paraíba não é diferente.
Na onda do “anti-petismo”, Frei pode perder votos nas eleições caso se candidate a deputado por mais um mandato. O imbróglio envolvendo a comitiva municipal e nacional durante as eleições municipais de 2020 enfraqueceu ainda mais a sigla localmente.
Outro deputado federal que pode mudar de rumos em 2022 é Damião Feliciano (PDT). Integrante do partido junto com a vice-governadora da Paraíba, e sua esposa, Lígia Feliciano, o PDT não foi de encontro com o governador João Azevêdo no primeiro turno das eleições municipais em João Pessoa, que apoiou o então candidato Cícero Lucena (PP) na disputa. Pelo contrário, o PDT se aliou ao PV, de Luciano Cartaxo, e indicou a filha do casal, Mariana Feliciano (PDT), para compor chapa com Edilma Freire (PV).
À época, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, defendeu a união entre PDT e PV, e dessa união o grupo de Damião Feliciano pode ter novos rumos nas eleições 2022, ou disputar o cargo novamente, mas sem o apoio do governador. No segundo turno, porém, Damião afirmou apoio a Cícero, portanto, com o grupo de João Azevêdo, e disse que sim, está ao lado dele. A redação tentou entrar em contato com Damião, mas não obteve retorno.
A situação da deputada federal Edna Henrique (PSDB) é diferente das demais. Com o recente falecimento do seu esposo, o deputado estadual João Henrique, bastidores dizem que Edna poderia abrir mão de uma possível candidatura. No entanto, segundo o presidente estadual do PROS e filho do casal, Michel Henrique, Edna pode sim se candidatar.
À redação do Polêmica Paraíba, Michel disse que a família “estuda a atmosfera política” até 2022, e crê na possibilidade de sua mãe disputar sim o cargo de deputado federal, e o próprio Michel disputar um cargo de deputado estadual. Na visão de Michel, Edna tem condições de se reeleger, devido ao trabalho sólido que vem desempenhando.
Sendo eleito, Michel representaria “simbolicamente” a vaga deixada por João na Assembleia Legislativa da Paraíba.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba