Um dos pilares que sustenta a reportagem do jornal é um documento intitulado “Declaração de Salvador”, que foi tornada pública pelo partido nesta terça-feira.O PT começa a articular a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 2018 já no 5° Congresso Nacional do PT, que ocorre de quinta-feira (11) a sábado (13) na capital baiana, segundo o Valor.
Um dos pilares que sustenta a reportagem do jornal é um documento intitulado “Declaração de Salvador”, que foi tornada pública pelo partido nesta terça-feira e que será apresentada no Congresso do partido.
O texto, no entanto, traz apenas quatro menções ao ex-presidente e em nenhum momento cita a sucessão de Dilma Rousseff.
No documento, o partido propõe uma nova política de alianças, ancorada por uma frente de partidos e movimentos sociais. “A estratégia de frente é nosso caminho para firmar uma nova aliança social, que incorpore setores novos e tradicionais da classe trabalhadora, das camadas médias, da intelectualidade e do empresariado simpático ao nosso projeto nacional”, diz o texto.
Segundo o Valor, o documento seria usado pelo partido para dissociar a imagem de Lula das crises enfrentadas pelo partido recentemente, ao mesmo tempo que o PT buscará mostrá-lo como o candidato das esquerdas, com apoio dos movimentos populares e dos partidos que hoje compõe a base de sustentação do governo Dilma.
“A América Latina tem se constituído em uma das principais frentes de resistência a essa estratégia, pela via autônoma que a região busca construir desde a eleição dos presidentes Hugo Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva, na virada do século, seguida de triunfos eleitorais progressistas em outros países importantes”, diz o texto. Em outra parte, aparece: “O Brasil, desde 2003, quando toma posse Lula, é um dos pilares da nova realidade latino-americana, em suas conquistas e desafios”.
Em entrevista ao Valor, o secretário do PT, Florisvaldo de Souza, um dos responsáveis pelo documento do grupo majoritário, disse que já há um candidato para 2018 que dificilmente não se lançará para a disputa, em referência a Lula, e que sua candidatura “é um processo quase natural”.