As bancadas do Partido dos Trabalhadores (PT) e PSOL na Câmara dos Deputados entraram com representações junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que parlamentares e suplentes que participaram dos atos golpistas no último domingo (8) sejam investigados pelo ministro Alexandre de Moraes e sejam impedidos de assumir vaga na Câmara dos Deputados.
O pedido inclui a ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório (PSC), que é suplente de deputada federal. Não só ela, a lista também cita os deputados eleitos André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP). O PT pede que os quatro, além de serem impedidos de assumir o mandato na Câmara, percam acesso às redes sociais.
No entanto, como ressaltado pelo blog de Suetoni Souto Maior, o pedido contra Pâmela é ineficiente, pois ela somou apenas 1.373 votos nas eleições para deputada federal ano passado, não atingido a cláusula de barreira. A legislação eleitoral exige que um candidato some pelo menos 10% do quociente eleitoral para assumir mandato. Nesse caso, Pâmela precisaria ter obtido um número superior a 17 mil votos.
O pedido do PT, assinado pelo atual líder na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG) e pelo futuro líder, Zeca Dirceu (PT-PR), pede ainda que os quatro sejam incluídos nos inquéritos das fake news, no das milícias digitais e no que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter vinculado vacinas contra Covid à Aids. Todos eles são relatados pelo ministro Alexandre de Moraes.
Em seu pedido, o PSOL também solicita a inclusão nos inquéritos relatados por Moraes vários parlamentares, entre eles o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Ricardo Barros (PP-PR), Coronel Tadeu (PL-SP), José Mederios (PL-MT) e Carlos Jordy (PL-RJ). O partido ainda solicita a apreensão do passaporte e a suspensão das redes sociais.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba