O ex-presidente Lula (PT) se reuniu com dirigentes do PSB no início dessa semana. O encontro foi uma tentativa de reaproximação entre os socialistas e o PT, que tiveram a relação conturbada recentemente, principalmente na disputa pela prefeitura do Recife, em Pernambuco. Após a reunião, começaram as discussões sobre o formato de uma eventual aliança para 2022. Já está sendo levantada a possibilidade de o ex-governador de São Paulo, Márcio França, ser candidato a vice numa chapa com Lula, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, na Folha.
Uma outra ideia seria França se lançar ao Senado por São Paulo, em chapa com Fernando Haddad candidato a governador e Marta Suplicy, vice. No entanto, França não se entusiasmaria e preferiria disputar de novo o governo. O socialista foi ao segundo turno em 2018, quando perdeu a disputa para João Doria (PSDB).
Uma aliança no plano nacional permitiria que o PT e o PSB se reaproximassem em Pernambuco. Os socialistas governam o estado há vários mandatos, mas tiveram a hegemonia na capital ameaçada pela candidatura da petista Marília Arraes no ano passado, quando venceram no segundo turno. Outro nome do partido que também foi mencionado como possível vice de Lula foi o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que terminará o segundo mandato em 2022. O problema é que ele pouco agregaria à candidatura do ex-presidente, que já tem força eleitoral no Nordeste.
No entanto, há um porém nesse cenário. As discussões de nomes para vice têm esbarrado num desejo de Lula, que sempre relembra da chapa que formou com o empresário José Alencar, seu vice durante os dois governos em que exerceu a Presidência, um sinal de que gostaria de repetir a fórmula caso se candidate à sucessão de Bolsonaro em 2022.
Fonte: Mônica Bergamo – Folha
Créditos: Polêmica Paraíba