O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou um inquérito sobre o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) aberto em abril do ano passado com base na delação de executivos da Odebrecht, dentro da Operação Lava Jato.
O deputado era suspeito de receber doação de R$ 600 mil da construtora em 2010 e 2012 sem prestar contas à Justiça Eleitora, o que configura crime de caixa 2. Segundo o Ministério Público, executivos disseram que fizeram os repasses para manter “boa relação” com o parlamentar, que teria agido em defesa dos interesses da empresa no Congresso.
Em junho, a Procuradoria Geral da República pediu mais 60 dias de prazo para concluir as investigações, e apontou necessidade de análise mais aprofundada de sistemas internos da Odebrecht que administravam o pagamento de propina a políticos.
Na decisão, da última sexta (29), o ministro Dias Toffoli, que supervisiona a investigação no STF, considerou “remota” a possibilidade de se encontrar novas provas contra o deputado.
“O presente inquérito perdura por prazo significativo, com prorrogações sucessivas, sem que tenham aportado nos autos elementos informativos que se possa considerar elementos de corroboração às declarações dos colaboradores, ou provas outras”, escreveu o ministro.
“As investigações pouco ou nada avançam e, apesar de todos os esforços envidados nesse sentido, não se vislumbra justa causa a ampará-las”, assinalou Toffoli, em outro trecho.
Na semana passada, em decisões semelhantes, o ministro Gilmar Mendes arquivou inquéritos sobre os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Jorge Viana (PT-AC).
Fonte: G1
Créditos: G1