Após a decisão da cúpula do PSDB de se posicionar como oposição ao governo Jair Bolsonaro, o partido estima que pelo menos um terço dos atuais 33 deputados federais terá de se adaptar à nova situação, provocada pelas manifestações do 7 de Setembro e pelo discurso em tom golpista do presidente da República no qual afirmou que deixaria de respeitar decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Segundo informa a CNN, a bancada tucana na Câmara foi o principal foco de resistência dentro do partido para se adotar uma postura favorável a um eventual processo de impeachment. Integrantes da Executiva do PSDB atribuem essa situação à dependência de liberação de recursos do governo federal nos redutos desses parlamentares.
O partido conta com três deputados federais na Paraíba. Todos eles não se colocam como oposição ao Governo Federal. Pedro Cunha Lima, Ruy Carneiro e Edna Henrique se manifestaram contrários ao impeachment de Jair Bolsonaro e adotam um tom passivo quanto as atitudes do presidente.
Em entrevista ao Polêmica Paraíba nesta quarta-feira (08), Pedro Cunha Lima afirmou que “não é momento para impeachment” e fez questão de ressaltar o que chamou de “força política de Bolsonaro”. Presidente estadual do partido, Pedro participou da reunião da Executiva.
Entre os deputados federais, é dada como certa a desfiliação de Celso Sabino (PA), que foi relator da reforma do Imposto de Renda na Câmara e já respondia a um processo disciplinar no partido por ter sido indicado por integrantes do Centrão para assumir a liderança da maioria, no ano passado. Há uma negociação dentro do PSDB para que Sabino preserve seu mandato e não incorra em infidelidade partidária.
No Senado, por sua vez, é o maranhense Roberto Rocha quem deve ser chamado para uma reunião com a cúpula tucana para que o congressista deixe o partido, após a tomada pelo caminho da oposição, Rocha é defensor ferrenho do presidente e aguardava Bolsonaro decidir seu destino partidário para definir sua nova filiação.
Fonte: Polêmica Paraíba com CNN
Créditos: Polêmica Paraíba