A Executiva Nacional do PSDB, por meio do presidente Marconi Perilo, ingressou, nesta terça-feira (30), com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a posse do segundo biênio para presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). A informação foi divulgada pelo jornalista Wallison Bezerra.
Em 2023, a eleição interna elegeu o deputado Adriano Galdino (Republicanos) para presidir a Casa entre 2023 e 2026. Inclusive, os três deputados do partido, Tovar Correia Lima, Camila Toscano e Fábio Ramalho, votaram em Galdino.
Na ação, o PSDB argumenta que a eleição deve ser realizada em momento próximo ao início do terceiro ano da legislatura.
“O enorme lapso entre a data da realização da eleição e a datado início do segundo biênio se dá em detrimento da representatividade da composição do órgão de gestão quanto à conjuntura política do biênio para o qual eleito.”
Para o PSDB, a escolha dois anos antes do início do segundo biênio não leva em consideração possíveis mudanças que venham a acontecer como saída de parlamentares e posse de suplentes.
“Em regra, a eleição da Mesa Diretora para o primeiro biênio ocorre logo que deputados estaduais são devidamente empossados, ainda no primeiro ano da legislatura, antes de aberta a sessão legislativa ordinária. A eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio deve ocorrer, logicamente, antes do início do período legislativo correspondente ao terceiro ano da legislatura”, argumenta o partido.
“Uma alteração nas regras do processo eleitoral interno que antecipa demasiadamente as eleições da Mesa Diretora compromete a periodicidade e a estabilidade do processo eleitoral, podendo influenciar diretamente o resultado do pleito, que não corresponderia aos anseios sociais naquele momento”, acrescentou.
Presidente do PSDB na Paraíba garante que foi um engano
O presidente do PSDB na Paraíba, Fábio Ramalho, afirmou que a ação da Direção Nacional da legenda contra o deputado Adriano Galdino (Republicanos) foi um “equívoco do jurídico da sigla”.
Segundo o líder partidário, o processo visava anular a eleição da Assembleia de outro estado. O nome do estado, porém, não foi revelado pelo parlamentar.
Na próxima quinta-feira (02), o partido vai entrar com pedido de retirada do processo em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF).