Está marcado para esta terça-feira, 25, a votação do segundo turno, na Câmara Federal, da PEC 241, que segundo o Governo Federal tem como objetivo reequilibrar as contas públicas, no entanto, irá promover o congelamento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos na área de educação e saúde, além de interferir no reajuste do salário mínimo. Para o presidente estadual do PT da Paraíba, Professor Charliton, a mobilização da sociedade precisa ser forte e sem trégua.
“O que está para acontecer no Brasil é de uma gravidade sem tamanho, e que se concretizado, pode levar por terra conquistas que demoraram anos para se concretizarem, e que talvez só sejam recuperadas em uma próxima geração. Estão querendo retomar o desmonte da educação pública e da saúde, além de reduzir o ganho salarial do trabalhador”, alertou.
O presidente estadual do PT da Paraíba, que é sociólogo e docente da UFPB compondo o quadro de professores do Departamento de Metodologia da Educação, os protestos devem sair do campo virtual e irem para o campo real: “Claro que entendemos a importância das Redes Sociais e o papel que elas possuem, porém, neste momento precisamos ir às ruas mostrar a nossa força real. Nossa força real é muito maior do que a nossa força virtual e, por isso, faço um chamamento, não apenas como dirigente do Partido dos Trabalhadores, mas como professor e como cidadão”.
“Como alguém, que assim como tantos, viu de perto as nossas universidades quase acabarem por falta de apoio do Governo Federal e quase serem privatizadas na era do PSDB. Que ainda lembra quando não existia o SUS, e como as pessoas que não tinham plano de saúde sofriam sem atendimento médico, e aqui falo inclusive do básico, do mais simples. Luto para que um passado que hoje parece distante, inclusive para uma geração que nasceu e cresceu no Governo do PT, e não tem ideia do que era o Brasil de até bem pouco atrás, não tenha que vivenciar essa triste realidade novamente”, completou.
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CNBB se coloca contra a PEC 241
O Professor Charliton lembrou que diversas entidades se colocaram contra a PEC 241, também chama de “PEC da Morte” e “PEC do Fim do Mundo”. “Na última semana a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, uma instância da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota contra a PEC 241 e outras ações do Governo Golpista, entre elas, as reformas trabalhista, da Previdência e do ensino médio”, disse.
Segundo a Nota da CNBB, “em sintonia com a Doutrina Social da Igreja Católica, não se pode equilibrar as contas cortando os investimentos nos serviços públicos que atendem aos mais pobres de nossa nação. Não é justo que os pobres paguem essa conta, enquanto outros setores continuam lucrando com a crise”.
Fonte: Assessoria
