Apuração

Procuradoria Geral da República abre processo para apurar vídeo polêmico de Gleisi Hoffmann para canal árabe

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um procedimento para decidir se investigará a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em virtude de um vídeo enviado por ela à emissora Al Jazeera, a maior de língua árabe, que provocou críticas de opositores ao PT nas redes sociais e no Congresso Nacional.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um procedimento para decidir se investigará a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em virtude de um vídeo enviado por ela à emissora Al Jazeera, a maior de língua árabe, que provocou críticas de opositores ao PT nas redes sociais e no Congresso Nacional.

A chamada “Notícia de Fato” é uma etapa preliminar, em que a PGR certifica que recebeu uma representação e indica algum integrante do órgão que faça “um procedimento prévio para coleta de informações preliminares e deliberação sobre uma eventual instauração de procedimento investigatório”. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 30 dias.

O pedido contra a senadora foi apresentado pelo deputado Major Olímpio (PSL-SP). Para ele, as declarações da petista, que se dirigiu “ao mundo árabe” para dizer que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “foi condenado por juízes parciais em um processo ilegal” e é um “preso político”, feriram a Lei de Segurança Nacional.

Na gravação, a senadora petista também argumenta que Lula foi o presidente brasileiro que estreitou as relações diplomáticas entre o Brasil e o Oriente Médio.

Em reação, a senadora Ana Amélia (PP-RS) disse esperar que o vídeo de Gleisi “não tenha sido para convocar o Exército Islâmico [sic] pra vir ao Brasil fazer as operações de proteção ao partido que perdeu o poder e agora parece ter perdido a compostura e o respeito e o apoio popular”.

Da tribuna do Senado, Gleisi Hoffmann explicou que deu entrevistas à veículos jornalísticos de vários países do mundo, como Inglaterra, França e Portugal, e que a reação de sua aparição na emissora do Catar é “xenofobia contra o povo árabe”.

Fonte: Veja.com
Créditos: Guilherme Venaglia