Deputados federais paraibanos se manifestaram, nesta quinta-feira (07), sobre quais devem ser as pautas do Congresso Nacional no início da legislatura. O projeto anticrime e anticorrupção, elaborado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, e a reforma da previdência são consideradas prioritárias pelo Governo Federal.
O deputado governista Julian Lemos (PSL) afirmou que ambos os projetos devem ser discutidos ao mesmo tempo no Congresso. Ele afirmou que há espaço para a tramitação dos dois projetos nas comissões, e elogiou a proposta de combate à corrupção e à criminalidade do Ministério da Justiça.
‘Eu acredito que uma coisa não exclui a outra, pois são prioridades diferentes. Uma, pela própria situação caótica que se encontra a previdência. Na questão da corrupção, isso é endêmico, isso precisa ser combatido, pois não é possível que os recursos saiam e a corrupção leve a metade desses recursos’, disse Julian.
Na mesma linha, o deputado Efraim Filho (DEM) afirmou que as duas pautas devem ser prioridades no Congresso, mas ele acredita que o projeto de Sérgio Moro será votado antes pelos parlamentares, devido à urgência da pauta da segurança pública.
‘Toda essa agenda econômica é importante, e também a agenda da segurança pública, o combate ao crime organizado, a lei mais dura contra a bandidagem, a questão da posse de armas. Então serão essas duas pautas que irão nominar o debate nesse início da legislatura. Eu acredito que a agenda da segurança pública andará com velocidade’, ponderou Efraim Filho.
Já o deputado Ruy Carneiro (PSDB) enfatizou que uma discussão não atrapalha a outra, já que as discussões nas comissões acontecem de forma paralela, sem interferências. O parlamentar, no entanto, acha que a reforma da previdência chegará primeiro ao plenário.
‘Eu acho que os dois temas são importantíssimos, aliás, podemos trabalhar os dois ou mais temas sem problema. O governo tem colocado que a reforma da previdência é o mais importante. Mas antes de chegar ao plenário há uma longa passagem, e são comissões que se formam de forma diferente, então uma não atrapalha a outra de forma alguma”, explicou Ruy.
Pedro Cunha Lima (PSDB) defendeu o projeto do ministro Sérgio Moro e afirmou que ‘alguma reforma’ precisa ser feita na previdência, com um olhar aos mais pobres. Ele entende que é o Governo Federal quem vai dizer se tem capacidade de tocar os dois projetos no Congresso.
“Eu apoio com muita convicção o projeto apresentado pelo ministro Sérgio Moro, e a necessidade dessa agenda anticrime. E tenho consciência de que alguma da reforma da Previdência precisa que ser feita, claro que nesse caso com muita atenção à camada mais vulnerável, socialmente fando, para não manter privilégios e tirar daquele que mais precisam’, defendeu Pedro.
A reportagem também tentou conversar com os deputados Frei Anastácio (PT), Damião Feliciano (PDT), Gervásio Maia (PSB), Wilson Santiago (PTB) e Edna Henrique (PSDB), mas as ligações não foram atendidas.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba