O que está acontecendo?

PRESÍDIO EM BAYEUX: Enquetes fraudadas, recursos baixos e processos encobertos; debate aponta problemas na instalação

A polêmica em torno da construção de um presídio federal no município de Bayeux tem se desdobrado em debates sobre a gestão do prefeito Berg Lima. Segundo seus opositores, longe de gerar renda para a cidade, o presídio confirma a inoperância do prefeito à frente da cidade.

No debate dessa segunda (12) no programa Master News, Dr. Francisco Richard, ex vice prefeito de Bayeux, Paulo Neto, jornalista da cidade, e Léo Micena,  blogueiro apontaram os principais problemas no projeto de trazer um presídio de porte federal para a cidade. O discurso dos três tem como ponto comum o estranhamento do processo, que está se dando de forma encoberta e com sinais de fraude. Uma enquete promovida pelo site da prefeitura de Bayeux apontava uma aprovação de mais de 70% da população pela vinda do presídio, mas em outros blogs e sites a desaprovação era a maioria.

Dr. Francisco Richard destaca que é preciso que se olhe a necessidade real do município e fala que não existe número ‘mágico’: “Presídio não salva economia em município nenhum. Isso é apenas uma cortina de fumaça para o fracasso da gestão”. Sobre a segurança na cidade, Dr. Francisco lembra que quando vem um preso de “grande escalão”, ele também trás um “séquito de mandados”. O ex vice, também aponta a desvalorização imobiliária como consequência do projeto.

Paulo Neto diz que começou se posicionando a favor da vinda do presídio, pois acreditou que seriam mais benefícios que ônus. Mas ao conhecer melhor o projeto, viu que se tratava de R$7 milhões de contrapartida municipal, que seriam gastos em ampliações na saúde visando atender os próprios presidiários. Paulo conta que no município de  Charqueadas, no Rio Grande do Sul, a contrapartida soma quase R$70 milhões.

  

Léo Micena declara não ser contra o presídio federal, sabe que “o Brasil precisa desse plano carcerário, que só foi tirado do papel depois da crise penitenciária”. Mas ressalta que a cidade não tem condições de resolver esse problema: “Bayeux não tem que resolver problemas de Brasília, é Brasília que tem que resolver os problemas de Bayeux. A cidade ainda não tem saneamento básico, não tem hospital,  não tem estrutura para presídio”, diz.

Fonte: Polêmica Paraíba