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Presidentes de PT, PCdoB e PV divergem quanto apoio a candidato a governador na Paraíba; confira opiniões

Os diretórios nacionais do PT, PCdoB e PV confirmaram, em reuniões de cada agremiação realizadas nessa quarta-feira (13), a aprovação de uma federação partidária envolvendo as três legendas.

Ainda pendente de uma aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caso seja aprovada, os três partidos atuarão como um só nas eleições deste ano, por um período mínimo de quatro anos. Ao se tornarem um só, os partidos envolvidos têm que convergir em candidaturas e apoios em nível nacional, estadual e municipal.

Se em nível nacional as três legendas apoiam o ex-presidente Lula (PT), a nível estadual, o cenário está dividido. Enquanto parte do PT apoia a pré-candidatura do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), PCdoB e PV apoiam a reeleição do governador João Azevêdo (PSB). Há ainda outra parte do PT que também apoia João.

O Polêmica Paraíba ouviu os três presidentes estaduais dos partidos na Paraíba, que reafirmaram suas posições. Eles pregaram também que muitos diálogos deverão ocorrer para que a federação chegue a um denominador comum. Confira as posições:

Jackson Macêdo

Presidente estadual do PT, Jackson reconheceu que os outros dois partidos apoiam João Azevêdo, e disse que será preciso um diálogo com as demais legendas para que a federação chegue a uma conclusão. Na sua visão, uma federação partidária não tem sentido se houver esse tipo de divergência.

“Eu sou muito crítico à federação, não aos partidos que compõem, mas ao formato. A federação precisa ter um programa muito claro, um estatuto muito bem definido para evitar distorções políticas em alguns casos, como na Paraíba”, iniciou.

“Você tem o PT apoiando a candidatura de Veneziano, o que é uma vontade da direção estadual e da direção nacional do partido e os outros partidos que compõem a federação apoiando por exemplo a candidatura do atual governador. Se isso não tiver uma definição clara nas regras da federação, ela não tem sentido de existir”, explicou.

Jackson, no entanto, disse que espera resolver a situação com diálogos com os demais partidos, na procura por uma definição: “Depois de muito diálogo e muita conversa, vai ter que chegar em uma definição clara. Não podemos ter uma federação que, pela lei eleitoral, unifica os partidos em apenas um e você liberar para que cada partido vote em seu candidato a governador”.

Gregória Benário

Presidente estadual do PCdoB, Gregória afirmou que a federação será bastante positiva para o partido, defendeu a reeleição do governador João Azevêdo mas disse que qualquer definição passará após conversas entre as três legendas.

“O primeiro passo é a federação discutir se vai lançar uma candidatura dentro desses partidos. Em seguida, se for em caso negativo [não lançar], a federação deve discutir qual vai ser a majoritária e o candidato que esteja fora da federação que possa apoiar”, falou.

“Nós entendemos, temos a compreensão de que a reeleição do governador João Azevêdo tem um papel extremamente importante, inclusive para derrotar Bolsonaro na Paraíba. João Azevêdo sempre foi um aliado de primeira hora do ex-presidente Lula então a gente entende a importância de João na recondução aqui no Estado”, justificou.

Gregória disse ainda que espera que os partidos se reúnam e cheguem a um denominador comum quanto a quem apoiar nas eleições estaduais deste ano.

Sargento Dênis

O presidente estadual do PV na Paraíba, Sargento Dênis, também viu com bons olhos o PV integrar a federação. Com respeito às divergências de apoio, avaliou que é o pré-candidato Veneziano que sofre dificuldades em angariar apoio para sua pré-candidatura e que PV e PCdoB devem permanecer com Azevêdo.

“O PV faz parte do governo de João, o PCdoB também faz parte e uma parte do PT também está no governo. Então acho que é uma aproximação natural com João Azevêdo. A outra candidatura tem muitos ‘dependes’. Mas o PV não vai colocar empecilho para alguém votar em Lula. Quem uniu PT, PCdoB e PV foi a necessidade de tirar Bolsonaro”, disse.

“Nós quando fomos para João Azevêdo, consultamos o vereadores da capital, os dirigentes e foi aprovado. Foram escolhidas pessoas para participarem do governo, então não tem volta mais não [apoio a João]. O que eu vejo é que quem está com problema para receber apoio é propriamente Veneziano”,  avaliou.

Dênis, porém, falou que todas as definições somente irão acontecer no período de convenções partidárias, que até lá muitos diálogos deverão ocorrer, mas que, em sua visão, PV e PCdoB não mudam de posição.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba