Arapuan Verdade

Presidente nacional do PSOL rechaça apoio a João Azevêdo ou Veneziano na Paraíba: "Nós temos limites"

 

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta quinta-feira (24), o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, disse que é inviável fazer alianças políticas com os pré-candidatos ao governo estadual João Azevêdo (PSB) ou Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e criticou a possibilidade de o ex-presidente Lula (PT) fechar chapa com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB).

Para ele, uma possível união entre PSOL e PT nas eleições deste ano é um erro. Na sua avaliação, Lula representa uma candidatura de mudanças, mas o partido não concorda com uma possível chapa presidencial composta por Lula e Alckmin.

“Não ouvi do Geraldo Alckmin nenhuma autocrítica até agora das posições dele a favor do impeachment contra a Dilma, a favor da prisão do Lula, a favor da reforma trabalhista, do teto de gastos… políticas que foram desastrosas no Brasil. A menos que ele faça uma autocrítica dessas posições, é sinal que ele ainda as defende. E desse ponto de vista não vejo coerência nenhuma ele ser vice”, justificou.

Juliano explicou que o PSOL foi criado por um grupo de militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) se desfiliou do partido por não concordar com algumas alianças que a legenda vinha fazendo no período, em 2005.

Paraíba

A nível estadual, Juliano disse que para o PSOL é inviável apoiar o governador João Azevêdo, pois no seu arco de alianças estão presentes partidos conservadores e de direita, o que segundo ele são limitadores para se negociar apoio. “Desse ponto de vista para nós fica inviável”.

Também disse ser impossível apoiar uma chapa com o senador Veneziano Vital do Rego e o PT: “Onde estiver o MDB, nós vamos estar do outro lado da cerca. Não há nenhuma chance do PSOL estar em um palanque com os golpistas do MDB, que sustentaram o governo de Michel Temer.” E foi além: “Se Lula fizer uma aliança formal com o MDB, o PSOL não estará com Lula”.

O partido hoje tem como pré-candidata ao governo estadual a professora Adjany Simplício.

Presidenciáveis

Juliano também criticou a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele ironizou as declarações do presidente quando diz que sua gestão acabou com a corrupção no país.

“Cada vez que Bolsonaro fala em uma entrevista que acabou com a corrupção no Brasil, dá vontade de rir. Ele interviu na Polícia Federal, para proteger os seus filhos, acobertou todo tipo de crime cometido pelo seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e agora passa pano para um escândalo que envolve o acesso à convênios do Ministério da Educação”, criticou.

O presidente do PSOL elogiou e criticou ao mesmo tempo Ciro Gomes (PDT). Falou positivamente das ideias que Ciro defende mas criticou o fato de o pedetista tentar se distanciar de uma frente das esquerdas.

Perguntado ainda sobre o ex-juiz Sergio Moro, Juliano o chamou de “infiltrado da CIA”. “Vale nada. Foi treinado nos Estados Unidos para destruir o parque industrial do setor de infraestrutura no Brasil. É um criminoso que vai pagar pelos crimes que cometeu. Foi imparcial e usou a Justiça para fazer politicagem.”

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba