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Presidente da CPI da Pandemia afirma que Bolsonaro prevaricou no caso envolvendo a vacina Covaxin: "Isso é um fato. Ele não desmente"

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou, em entrevista ao O Globo publicada neste sábado (3), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prevaricou ao deixar de comunicar às autoridades competentes a denúncia que recebeu de suspeitas de irregularidades no contrato da vacina indiana contra a Covid-19, Covaxin.

“Isso não é indício. Isso é um fato. Ele não desmente. Ele não encaminhou [a denúncia] para a Polícia Federal. A Polícia Federal abriu nessa quarta-feira esse inquérito. Depois de quantos meses? É um fato. Ele não encaminhou nem para a CGU nem para a Abin. É um fato. E o deputado Luis Miranda ainda disse: ‘Eu espero que ele não me desminta, porque senão…’. É um fato. Ele teve a oportunidade de encaminhar para a Polícia Federal ou para o Ministério da Saúde”, disse.

“Aí inventaram que deram [o aviso] para o ministro Pazuello, que sai dois dias depois [exonerado do ministério da Saúde]. Pazuello já sabia que seria exonerado, porque ninguém é exonerado no dia. E o coronel Elcio Franco [ex-secretário executivo da Saúde] também já ia no bolo. Então, nenhum dos dois investigou nada”, prosseguiu.

Segundo o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), durante seu depoimento na CPI, ele informou ao presidente Bolsonaro, em março deste ano, sobre as irregularidades identificadas por seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que é funcionário de carreira do Ministério da Saúde. Bolsonaro teria dito a ele que iria pedir que a Polícia Federal investigasse o caso.

Prevaricação é o nome dado a um crime cometido quando um funcionário público atrasa, deixa de fazer ou faz algo indevido propositalmente em benefício próprio.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba