Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta quarta-feira (22), o pré-candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Paraíba (OAB-PB), Harrison Targino, defendeu a continuidade do atual modelo de gestão presente no órgão, que segundo ele, foi um dos mais inclusivos nos últimos anos. Targino também criticou o que chamou de “excessos” do presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz.
Pré-candidato representando o grupo do atual presidente da Seccional Paraíba, Paulo Maia, Harrison disse que essa condição de representar a continuidade do projeto o estimula.
“Na verdade me estimula. Eu sou, candidato não de mim mesmo, mas candidato de um movimento de advogadas e advogados da Paraíba, das mais diferentes visões de mundo, das mais diferentes perspectivas políticas, que tem um pressuposto: manter um modelo de gestão adotado por Paulo Maia na OAB”, iniciou.
“Foi um modelo de gestão absolutamente inclusivo, que abriu as portas para todas e para todos. Uma OAB absolutamente democrática, de relações horizontais com advogados. Nunca tinha se visto na OAB da Paraíba uma gestão tão próxima do advogado, de portas tão abertas à jovem advocacia, à mulher advogada, aos colegas do interior. E não por outro motivo, esse modelo de gestão tem sido aprovado pela advocacia da Paraíba”, justificou.
“Essa inclusão é o caminho que devemos seguir, e eu me orgulho muito de estar com Paulo Maia”, finalizou. Paulo Maia foi lançado como candidato a conselheiro federal na chapa de Harrison.
Harrison também foi perguntado qual é a sua avaliação sobre a postura do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Nacional, Felipe Santa Cruz, acerca das recentes declarações polêmicas dadas sobre a polarização político-partidária, criticadas por outros advogados.
Para Targino, a OAB não pode “embarcar em viés político-partidário” e criticou o que chamou de “excessos” do presidente Felipe Santa Cruz.
“Vivemos tempos muitos difíceis, tempos sombrios de muita radicalização, lado a lado. Lamentavelmente, nós perdemos e gastamos energia nessa radicalização que não contribui para solucionar os verdadeiros motivos […]. A OAB tem a responsabilidade de atuar nos momentos difíceis da condução da república brasileira, e ela sempre esteve presente. Com autoridade, e ela deve sempre preservar, de não embarcar em viés político-partidário. Ao fazer opções de viés político-partidário a OAB se descredencia enquanto ator, enquanto fala”, disse.
“Nós temos sido, e eu sou conselheiro federal, críticos a alguns excessos do presidente Felipe Santa Cruz. Creio que em algum momento suas emoções próprias, seus desejos próprios, as suas visões terminaram levando à ‘fala do presidente’, e aí há uma confusão de papeis. Quando você é presidente de uma instituição como a OAB, não se pode ser o que você gostaria de ser […]. Creio que Felipe tem exagerado. Presidente da OAB não pode ser comentarista político, comentarista de fato”, avaliou.
Harrison disputa com os também pré-candidatos Maria Cristina e Raoni Vita a presidência da OAB-PB, em novembro deste ano.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba