Em entrevista ao Polêmica Paraíba, o suplente de deputado federal Léo Gadelha (PSC) negou a informação publicada mais cedo pelo portal de que tanto ele, como seu pai, Marcondes Gadelha, presidente nacional da legenda, poderiam estar de saída do PSC.
Léo disse que o atual cenário político, tendo como referência a nova legislação eleitoral que irá vigorar no próximo ano sem a participação de coligações partidárias, mas sim com a possibilidades de federações partidárias nas eleições, tem gerado uma série de conversas entre partidos.
Gadelha então negou a informação de que estaria de saída do PSC para se filiar ao PSDB para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. O que o parlamentar confirmou, no entanto, foram conversas com integrantes do partido, citando o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB), acerca de uma possível federação partidária entre as legendas.
“Não tem essa possibilidade. Todo mundo está conjecturando muito. Efetivamente você tem um desafio. Um estado como a Paraíba tem 12 deputados federais distribuídos em 10 legendas. Para a grande maioria dos partidos, dos candidatos à reeleição e daqueles que almejam chegar agora você tem que atrair outros candidatos”, explicou. “Ninguém estava preparado para o fim das coligações. Todo mundo imaginava que elas fossem reavivadas”, emendou.
“Eu tenho uma excelente relação com Ruy, e isso efetivamente foi colocado na mesa por nós, essa possibilidade. A gente vai levar isso às nossas direções partidárias e começar a falar dessa possibilidade”, continuou.
Leonardo disse, no entanto, que o PSC trata também com outros partidos, nacionalmente, a possibilidade de federação partidária, a exemplo do Patriota. Mesmo defensor da federação, pois ajudaria o PSC a enfrentar a cláusula de barreira, Léo diz que é preciso ter cautela na formação dessa união, pois ela pode ser benéfica em alguns estados, mas em outro não.
“Mas não existe nenhuma possibilidade, não está no meu horizonte e muito menos no de Marcondes, que é o presidente nacional do partido, de deixar a legenda”, reafirmou.
Candidatura em 2022
Leonardo, que em outros momentos não se colocava como candidato a deputado federal e defendia o nome de seu tio, o médico e empresário Dalton Gadelha, revelou que a situação hoje foi invertida. Seu tio passa por problemas de saúde na família e comunicou internamente a sua desistência da pré-campanha. Com isso, o próprio Léo assumiu o posto e hoje é pré-candidato a deputado federal.
“Mais uma vez a bola parou no meu pé. Não posso negar que sou um apaixonado pela atividade política. Penso de alguma forma que tenho a vocação e que posso contribuir para a Paraíba. Então a bola parou no meu pé de novo e vou mais uma vez entrar em campo”, falou.
Romero e oposição
O presidente estadual do PSC na Paraíba também foi questionado sobre a decisão do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD) em abandonar a disputa para o governo do estado para se lançar pré-candidato a deputado federal.
“Toda decisão dessa natureza precisa ser respeitada. A política por si só é gregária, e ninguém é candidato de si próprio e ninguém pode ser imposto a qualquer missão. Acho que tem todas as chances de se eleger e será um grande representante da Paraíba”, falou.
Leonardo falou que a oposição ainda acreditava na figura de Romero como candidato da oposição, e na sua opinião agora restam dois caminhos para o grupo no pleito de 2022: todos se unirem e lançarem um único candidato para disputar o cargo; ou o grupo ter várias candidaturas e todos se comprometerem a se juntar em um eventual segundo turno. “Ambas são viáveis e têm chances de vitória”, avaliou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba