Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta quarta-feira (18), a deputada estadual Pollyanna Dutra (PSB) elencou critérios que devem permear a escolha do governador João Azevêdo (PSB) para compor sua chapa majoritária, criticou a fala do deputado estadual Cabo Gilberto (PL) acerca de um novo Golpe Militar no Brasil e avaliou como natural a saída do deputado federal Efraim Filho (União) do arco de alianças de Azevêdo.
Acerca da fala polêmica de Cabo Gilberto, que afirmou que seria necessário um novo Golpe Militar no Brasil como o ocorrido em 1964 ao criticar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a parlamentar disse que a declaração “fere a Democracia”.
“Ninguém pode usar a prerrogativa do poder parlamentar para falar o que quer e o que pensa e muitas vezes instigando a um discurso de ódio […]. Ele no mínimo tem que passar pelo Conselho de Ética. Agora se vai ser punido ou não, cabe a nós parlamentares sentar e discutir sobre isso”, disse, discordando da fala de Gilberto.
Posteriormente, Pollyanna, ao ser questionada sobre a indefinição do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) acerca de sua pré-candidatura ao Senado e se irá compor chapa com o governador João Azevêdo (PSB), disse acreditar que a população paraibana não tem muito interesse na definição neste momento. Já em nível político, avaliou que a escolha deve seguir vários critérios.
“Para compor a chapa do governador, tem que ter alguns critérios. Não é só ter um agrupamento familiar, ser dono de um partido ou conseguiu ter uma articulação melhor em Brasília”, iniciou.
“Tem que ter uma ligação muito forte com as políticas públicas do governador João Azevêdo. Tem a ligação com o povo da Paraíba? Se articula bem com o setor produtivo? Então além do voto, tem que ter conceito, qualidade, uma interação maior com o povo”, emendou.
Pollyanna também citou contradições que existem no mundo da política, citando o caso do ex-presidente Lula (PT), que nos últimos meses tem se aliado politicamente com o senador Renan Calheiros (MDB), que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
Por último, ao ser perguntada sobre a saída de Efraim do grupo de Azevêdo, Pollyanna avaliou como ‘natural’ a saída, por acreditar que Efraim “diverge de políticas públicas do governador”, o que em sua visão, dificulta o alinhamento entre ambos.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba