A Polícia Federal divulgou, nesta terça-feira (17), imagens de uma grande quantidade notas de euro e de reais apreendidas na casa de um dos alvos da sétima fase da Operação Calvário, ‘Juízo Final’, que foi deflagrada nesta terça-feira (17) na Paraíba. A PF não informou o valor exato de quanto foi apreendido.
Conforme as imagens, as notas apreendidas são de €100 e R$50 e R$100. Até o último balanço divulgado pela polícia, às 17h, foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão na Paraíba, 1 no Rio de Janeiro, 2 no Rio Grande do Norte e 1 no Paraná. Também foram cumpridos 54 mandados de busca e apreensão.
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A operação
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), a Operação Calvário – Juízo Final, para combater organização criminosa atuante em desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado da Paraíba, por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, bem como superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos.
A operação, realizada em conjunto com o o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado GAECO/PB, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União – CGU, apura desvio de recursos públicos na ordem de R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.
A sétima fase da operação mirou o ex-governador Ricardo Coutinho e a deputada estadual Estela Bezerra. O ex-governador está em Madrid, na Espanha, e é considerado foragido pela polícia. O nome dele foi incluído na difusão vermelha da Interpol. Por meio de nota, ele informou que vai se entregar. Ex-secretários da gestão socialista também foram alvos de prisão.
A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao Governo do Estado. Os policiais foram à Granja Santana e ao Palácio da Redenção. Por meio de nota, o Poder Executivo informou que está ‘colaborando’ com as investigações.
Cerca de 350 Policiais Federais, além de Procuradores da República e auditores da CGU deram cumprimento a 54 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiânia e Paraná.
De acordo com as investigações, organizações sociais organizaram uma rede de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores, com a celebração de contratos com sobre-preço na gestão dos Hospitais de Trauma, de Mamanguape/PB e o Metropolitano em Santa Rita/PB.
De modo a se blindar de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, a organização pagou reiteradamente vantagens indevidas, valendo-se de contratos de “advocacia preventiva” ou contratos de “advocacia por êxito”, de modo a ocultar ou dissimular a natureza, origem, disposição e movimentação dos valores.
Verificou-se ainda o uso eleitoral dos serviços de saúde, com direcionamento de atendimentos e fraude no concurso de pré-seleção de pessoal do Hospital Metropolitano no ano de 2018. Conforme a Polícia Federal, os investigados irão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes poderão responder pelos crimes previstos de organização criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e ativa.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba