A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo determinou nesta quarta-feira, 11, o afastamento do delegado da Polícia Civil Rodrigo Galazzo que fez buscas na residência do filho adotivo do ex-presidente Lula, Marcos Cláudio, para verificar denuncias de suposto uso de drogas no local. Por ordem do secretário Mágino Alves Barbosa, foi aberto procedimento administrativo ‘para apurar em que condições ocorreu a diligência de buscas’.
Segundo o comando da Polícia, ‘para preservação das investigações’ o delegado Rodrigo Galazzo, responsável pela operação, vai ficar fora das funções até conclusão da apuração.
As buscas foram realizadas na terça-feira, 10, com autorização judicial – em cumprimento ao mandado expedido pela juíza Marta Brandão Pistelli. A polícia alegou ter recebido denúncias de suposto uso de drogas na casa. Os agentes não encontraram entorpecente no local,. mas apreenderam computador e mídias na residência de Marcos Cláudio. Uma juíza de Paulínia mandou devolver o material.
Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, foi diretor do Departamento de Turismo e Eventos da prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), com salário de R$ 5,7 mil. Ele foi nomeado pelo ex-prefeito Luiz Marinho (PT).
Marcos já tentou se eleger vereador na cidade pelo PT, em 2008, mas teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Ele é filho do primeiro casamento da primeira-dama Marisa Letícia, e depois foi adotado por Lula.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO CRISTIANO ZANIN MARTINS, DA FAMÍLIA LULA:
“A busca e apreensão, feita a partir de denúncia anônima e sem base, não encontrou no local o porte de qualquer bem ou substância ilícita, o que é suficiente para revelar o caráter abusivo da medida.” Cristiano Zanin Martins
COM A PALAVRA, A POLÍCIA:
“O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, determinou instauração de procedimento administrativo para apurar em que condições ocorreu a diligência de busca e apreensão realizada ontem (10), em uma residência no município de Paulínia. Para preservação das investigações, o delegado responsável pela diligência também será afastado do caso.”
Fonte: Estadão