Cap. 10
Em uma análise mais detalhada dos laudos médicos do INSS apresentados no processo de Lanusa, mesmo substituídos pelo laudo médico judicial, revela uma série de contradições, minando a credibilidade das alegações de assédio. Observa-se que eles já por si afastam qualquer doença ou assédio, levantando sérias suspeitas sobre a veracidade da narrativa. Estaria Lanusa envolvida em um jogo perigoso de manipulação para construir uma falsa história de assédio?
Os laudos médicos e as avaliações periciais apontam que Lanusa, diante do medico, exibia sinais de instabilidade emocional e “choro fácil”, porém nenhum dos profissionais de saúde certificou a ocorrência de qualquer tipo de depressão, condição essencial para justificar um quadro emocional tão comprometido quanto o que ela afirma ter experimentado. Mais ainda, não há menção de assédio sexual nos laudos – e essa omissão não é insignificante, pois desestabiliza a argumentação central da acusação. Em nenhum momento, o INSS atestou ou registrou evidências de que Lanusa sofria de alguma condição relacionada a traumas ou abusos.
Outro ponto surpreendente é a discrepância entre o estado físico descrito nos laudos, sempre gozando boa saúde, e o comportamento que ela exibia. Embora alegasse estar emocionalmente abalada, os exames médicos indicam que Lanusa se encontrava em condições físicas estáveis. Como é possível que, para a perícia, ela esteja fisicamente saudável enquanto para a Justiça do Trabalho ela encenasse uma imagem de fragilidade? Esse contraste demonstra um provável destempero emocional que pode servir a uma narrativa planejada.
Dr. Amaury José da C. Junior, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Perícias Médicas, reforça que a depressão é um distúrbio com efeitos profundos e amplos no organismo, sendo impossível que um paciente apresente boas condições físicas e exiba condições emocionais diversas. E as divergências não param aí: os registros médicos e os depoimentos do INSS indicam que o alegado assédio pode ser uma “tramoia” planejada, supostamente com o apoio de um grupo de oposição.
Essa série de inconsistências e contradições não só abala a acusação de Lanusa, mas também revela uma possível tentativa de manipulação. Afinal, quem manipula versões e datas, recorrendo a artifícios para sustentar uma narrativa de assédio sem comprovações claras, merece confiança? Essa história bem própria dos falsaríeis não encontrou guarida no TRT, cujo processo foi relatado pelo desembargador mais antigo e experiente da Corte.
Aguardem o 11º Capitulo.