O deputado estadual Gervásio Maia Filho falou com exclusividade ao Polêmica Paraíba sobre a reunião da Executiva Estadual do PMDB, realizada na última sexta-feira, 04. Segundo relatos do parlamentar, o clima do encontro foi tenso desde o início e Gervasio não poupou queixas e questionamentos aos representantes da legenda.
Dos 12 membros do diretório estadual, apenas o deputado federal, e presidente do partido em João Pessoa, Manoel Junior, Ranieri Paulino e o senador Raimundo Lira se ausentaram da reunião.
Gervásio colocou os diretorianos contra a parede e questionou o valor das palavras empenhadas para eles, já que houve uma quebra de acordo firmado entre eles para a sucessão no diretório de João Pessoa. Ele destacou ainda que os membros da Executiva Estadual permitiram que o acordo fosse quebrado e concordaram com a realização de nova eleição, desobedecendo o que havia sido combinado na presença de todos.
O parlamentar traçou o histórico de sua família dentro dentro do PMDB e afirmou que os peemedebistas “deixaram de dar guarita para alguém que sempre esteve com o PMDB para defender alguém que descumpre as recomendações do partido”, pontuou.
Entre os presentes na reunião, estavam os deputados Veneziano Vital do Rêgo e Trócolli Junior, que declararam apoio ao pleito de Gervásio, além Roberto Paulino, José Maranhão, Antonio Sousa, Hugo Mota, Nabor Wanderley e a ex-deputado Olenka Maranhao, que não compõe a executiva.
A ausência de Manoel Junior, para Gervásio, representa descaso com o partido. “O deputado Manoel Junior já conseguiu o que queria, ele só pensa nele mesmo e não está preocupado com o PMDB”, disparou referindo-se à conquista do diretório municipal de João Pessoa.
Ele afirmou ainda que o deputado federal não tem compromisso com o partido e citou o apoio de Manoel Junior à candidatura de Cássio Cunha Lima nas eleições do ano passado.
Durante a reunião, Gervásio foi questionado por colegas de partido sobre a possibilidade de ser apoiado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) para a disputa a Prefeitura de João Pessoa em 2016. Segundo ele, o assunto nunca foi tema de conversa com o gestor socialista.
Já sobre a possibilidade de deixar o PMDB, Gervásio respondeu que ainda está “ferido pelo golpe que sofri dentro do partido, estou deixando a poeira sentar antes de decidir o que vou fazer, não quero agir com a cabeça quente”, disparou.
O parlamentar finalizou dizendo que o partido perde muito com essas decisões e questionou o presidente estadual sobre a perda de diretórios em cidades que fazem parte de sua base aliada. Ele teria perguntado a José Maranhão porquê seus correligionários tiveram que deixar a presidência do partido e pontuou que o motivo seria por não terem votado em Maranhão.
Polêmica Paraíba