O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, arquivou na ultima sexta-feira (22), o pedido de libedade apresentado pela defesa do ex-presidente Lula.
O ex-presidente está preso desde abril, após ter sido condenado na Lava Jato, e o pedido seria julgado nesta terça –feira (26). O recurso já foi retirado da pauta de julgamentos da Segunda Turma do Supremo.
O cientista politico Flávio Lúcio, considera no “minimo estranho” o arquivamento o pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-presidente Lula ter sido logo em seguida do julgamento da senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann.
Ele destaca ainda que o Supremo só considera a constituição quando os casos em julgamento são relacionados ao Partido dos Trabalhadores (PT), mas quando os casos são relacionados ao PSDB acontecem “estranhas manobras” no Supremo.
O pedido da defesa do ex-presidente, feito ao Supremo e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), é para que os recursos movidos nas cortes contra a condenação do petista ganhem efeito suspensivo, isto é, os desdobramentos da sentença, incluindo a detenção dele, sejam suspensos até o julgamento de mérito do recurso especial ao STJ e do recurso extraordinário ao STF.
Fachin decidiu pelo arquivamento após o Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), responsável pela Lava Jato em segunda instância, enviar o caso de Lula para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e não para o STF. Para o ministro, desta forma, o pedido de liberdade ficou “prejudicado”.
A defesa do ex-presidente chegou a pedir ao STF que, se a liberdade fosse rejeitada, o petista passasse a cumprir a pena em prisão domiciliar, no entanto Lula declarou a aliados na última sexta-feira (22) que não concorda com o pedido de prisão domiciliar defendido por parte de seus advogados. O ex-presidente defende que sua liberdade deve ser obtida apenas com a comprovação de sua inocência.
Para o cientista politico Flávio Lúcio, o posicionamento de Lula de não aceitar um pedido de prisão domiciliar é de “quem é perseguido”, e qualquer arranjo para que ele consiga um beneficio pode tirar suas forças, já que o ex-presidente se declara inocente de todas as acusações.
Questionado sobre quem o PT apoiaria caso Lula não dispute a eleição para presidente nas eleições deste ano, Flávio Lúcio aposta no nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, para ele o ex-prefeito de São Paulo mostra grande capacidade para suceder o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, caso a candidatura do petista, preso na Lava Jato, seja indeferida. Ele aposta ainda no nome Ciro Gomes para um segundo turno das eleições.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba